quinta-feira, 28 de novembro de 2019

fourth chapter®

JĂșnior on [continuando]
Meu rådio começou apitar, e eu olhei pra cara do coiote. Os dois com cara de interrogação, quem tå matando quem, ou pelo menos tentou fazer isso.
Yuri: o que tĂĄ acontecendo? -de pĂ© igual eu, e jĂĄ no telefone- ta dando merda lĂĄ encima, entĂŁo nĂŁo saĂ­ -disse mandando aĂșdio- vĂȘ aĂ­ bandido, alguĂ©m subiu ou desceu? -neguei-
JĂșnior: tĂŽ na mesma que tĂș mano, sabendo de nada -e lembrei do rĂĄdinho apitando muito, peguei ele  e nĂŁo falavam nada, sĂł uma respiração-
Yuri: dever ser o mano lĂĄ sĂł quebrando a cama e a gente nessa, coĂ© pai, o mano ta sendo feliz 
JĂșnior: e depois matou a mulher? Óbvio que nĂŁo, tiro Ă© tiro nĂ© sombra -ouvimos um "paulista" "sobe" eu me arrepiei nem sei porque mano-  Ă© o zĂłio manĂ©, tenho que subir -peguei meu fuzil e ele fez a mesma coisa e subimos de moto rĂĄpido, o portĂŁo estava aberto, sem segurança nenhum, ahhh caralho, cadĂȘ o Cabelinho, Mabel, Lipe, sĂŁo que sĂŁo da contenção dele- o que aconteceu aqui yuri? -fui olhando em volta da casa-
Yuri: tem sangue em tudo, ele tĂĄ menstruado kk? -deboche Ă© livre-
JĂșnior: para porra, vai que o cara tĂĄ morto fiel -eu ri baixo, ele Ă© fogo, fui andando pra onde tinha o rastro do sangue e ele estava se arrastando pra cozinha- Noah? -o Yuri olhando e saiu dali, obvio que foi ver se tinha mais gente na casa- o que houve aqui? -fui ajudando ele, tirei a camisa, pressionei o ferimento do abdomen, ele revirando os olhos, fraco, muito sangue- quem fez isso...-ele sĂł respirava fundo
ZĂłio: meu celular... ele tĂĄ com meu celular -sussurrou- foi o... el.. ele quer o meu... morro -se tĂș entendeu beleza, eu nada- 
JĂșnior: se acalma, sĂł respira devagar
ZĂłio: cu..ida pra mim, ele.. nĂŁo -ele quem? Geeente-
JĂșnior: o que vocĂȘ precisar eu faço sĂł me diz quem fez isso... -ele ficou de olhos fechados, por um bom periodo eu pensei jĂĄ foi, sĂł enterrar nĂ©, porĂ©m nĂŁo, ele abriu a bilha azul de novo- precisa ir pro mĂ©dico, sabe disso -ele negou fraco- me diz quem fez isso?
Zóio: ele... ele ain..da tå aqui... -segurou meu braço forte- eu não quero... morrer paulista, não agora -ele disse fraco, tentando dizer as coisas mas saem em pedaços, morrer? ninguém quer na verdade, mas é a recompensa por fazer merda-
JĂșnior: mas pra isso tem que ir pro mĂ©dico Noah, fica calmo valeu, vamo dar um jeito
ZĂłio: nĂŁo... sai... fica!
JĂșnior: nĂŁo mano, fico.. Fico sim bro, sĂł respira devagar -levantei e peguei ĂĄgua e limpei, dei pra ele tambĂ©m, mas nĂŁo Ă© um furo sĂł, tem dois bem proximos do abdomen e um na perna, deu merda, o Yuri voltou, falando no celular- me diz quem fez isso com vocĂȘ caralho -ele tentava dizer mas nĂŁo saia, agora oremos "Pai nosso que estais no cĂ©u, santificado seja o vosso nome" -
Yuri: e aí? -abaixou ali também- minha irmã tå vindo.. tå com uma amiga dela que é médica, do Upa aqui de baixo, ela vai ver como que resolve valeu meu chefe? -ele fechou os olhos, o cara tå agonizando velho, que isso- Noah, fica de olho aberto meu mano... -ele abriu de novo, toda vez que ele fecha e fica um tempão, acho que ele ora, sem sacanagem, agora é sério, depois que ele faz isso ele abre aos poucos- fica assim, temos que conversar com ele pra manter ele vivo -pra ver o yuri serio é porque a situação é grave-
JĂșnior: tinha alguĂ©m aĂ­? 
Yuri: nĂŁo, ouvi barulho mas nĂŁo vi 
ZĂłio: foi covar...dia!
Yuri: meu chefe quem fez isso? -ele ainda apertava meu braço com força, tinha sangue na boca, sangue em tudo, o coiote tirou a camisa- vou amarrar na tua perna -o zóio gemeu baixo de dor, mas ele fez um torniquete e ouvimos passos apressados e eu olhei era a Mariana com uma menina- Mari..
Mariana: tem como deixar ele respirar... nĂŁo fiquem encima dele assim -nos afastamos-
Xx: foi quantos tiros?
JĂșnior: contei 3, dois na barriga e um na perna -mas lĂĄ de casa parecia ter sido 4 ou mais-
Xx: tĂĄ certo, foram 3 mesmo -disse tirando a blusa do cara, e a gente olhando elas limpando ele, vendo a pressĂŁo, eu fui pra sala com o yuri, ele tem que ir pro hospital, se nĂŁo ele vai morrer- 
JĂșnior: e agora? -vai sobrar pra mim
Yuri: tentaram matar o cara...-disse baixo- ele não morre fåcil não, tem uma história que ronda aí é que ele foi assaltar um carro forte, tomou 4 tiros e tå aí e se tratou em casa, a Hellen que cuidou do zóio, em casa, eu sou forte até levar 4 tiros cumpadre, com mais 3 agora são 7 menor, peito de aço
JĂșnior: tomei um de raspĂŁo quase fiquei sem andar
Yuri: tĂș Ă© moça mermo todo enfeitadinho, passa perfume pra comprar pĂŁo -eu ri pq Ă© verdade- sĂ©rio agora, 3? Hummm fiel  isso Ă© pinto pro cara Juninho, quer apostar quanto que ele vai ficar tranquilĂŁo no bagulho, depois disso, e vai ter festa no morrĂŁo ta entendendo? 
Junior: Ă© eu tĂŽ ligado -a Mariana apareceu na sala- 
Mariana: ele precisa de hospital urgente, ele tĂĄ perdendo muito sangue, eu nĂŁo sei como ele ainda tĂĄ respirando -aĂ­ começou a falar uns termos mĂ©dicos que a gente nĂŁo entendeu foi porra nenhuma e voltamos pra cozinha- 
JĂșnior: coiote, o jeito Ă© levar ele -sei que colocamos ele no carro dele mesmo, porque a chave tava ali perto, e levamos pro hospital, a histĂłria que a gente contou lĂĄ Ă© que o cara tava na rua assim kk, num sabiamos quem era ele, e que Ă© isso e nĂŁo ficamos pra ver o que ia dar, sei que foi pra cirurgia de emergĂȘncia, primeiro que eu sou do movimento tambĂ©m, ele Ă© forte, eu preciso descobrir quem fez isso com o cara. Vai que eu sou o proximo no bagulho (...) Na volta pro morro, passei em frente a casa da burguesa e fiquei olhando, atĂ© parei na praia, a noite Ă© outra coisa.
Yuri: aĂ­ "o" menino do rio, bora ficar por aqui? -eu ri muito, muito, porque veio a mĂșsica na mente- para, cara bobĂŁo -eu preciso parar de andar com esse retardado, Ă© questĂŁo de saĂșde fĂ­sica, mental e espirĂ­tual-
JĂșnior: vocĂȘ sĂł fala merda Yuri, que porra -limpei os olhos, sĂ©rio, ele Ă© foda, jĂĄ tava enrolado Ă© sĂł acender-
Yuri: vai ou nĂŁo cair aqui pai? 
JĂșnior: gosto de praia, uma vez eu fui pra Ibiza... -ele me olhou de canto- 
Yuri: Ibiza? -supreso- aquela lĂĄ da Espanha? Mete outra, rala daqui com as tuas lorota -me empurrou fraco-
JĂșnior: aquela lĂĄ da Espanha, eu jĂĄ fui na ilha cara, qualquer dia te levo lĂĄ, quando eu for rico -rolei pra ele-
Yuri: Ibiza pai, Ibiza que as mina tudo fica de peito de fora e os carai? -eu tĂŽ falando que ele Ă© insuportĂĄvel de escroto- todo playbinha ele, ainn droga
JĂșnior: nos meus tempos de playba pĂŽ, tem mĂŽ tempĂŁo isso jĂĄ, era moleque
Yuri: Ibiza mano, sĂ©rio? -olhei dentro da cara dele, ele riu, soquei o braço dele duas vezes- alĂĄ pai, tĂĄ fortinho, me batendo.. olha ele -revidou um soco e eu ia pegar ele que se afastou na hora, se eu pego a brincadeira ia ficar boa, ia sim- tĂĄ ficando sĂ©rio? -armou a guarda- bora logo bebĂȘ de alphaville -Ă© onde os meus coroas moram agora-
JĂșnior: te amasso Yuri, esse corpinho teu aĂ­ sĂł bate no mabel, em mim passa nem vento, te arrebento -terminei de fumar e apaguei-
Yuri: fala mais sobre Ibiza, que eu quero ouvir suas estripulias pelo mundĂŁo -dei dedo pra ele
JĂșnior: ta igual retardado -ele chegou do meu lado- 
Yuri: Ibiza.. -entortou os olhos e eu ri de novo- desculpa, foi mal, fala que eu quero saber mesmo agora -ele disse serinho- Ibizaaa porra
JĂșnior: porra... tĂĄ de sacanagem
Yuri: tĂŽ... tĂĄ vendo nĂŁo
JĂșnior: vai gasta tua onda... lĂĄ na puta que te pariu, que a minha nem bateu ainda
Yuri: annn, fala... -pegou meu boné- cortar esse cabelo heim, barbeiro é igual eu, temos família, passa lå viado, jå é feio, cabelo enorne desse fica díficil
JĂșnior: tem uma que nĂŁo reclama -ele me olhou feio jĂĄ- ta ligado quem Ă© -eu ri de canto- e gosta tĂĄ
Yuri: tĂș baixa o nĂ­vel da brincadeira assim fiel, tĂĄ vendo -ele entendeu-
JĂșnior: mas a Mariana senta e nem liga, ainda puxa o meu cabelo que tĂĄ grande
Yuri: oh caralho, aĂ­ nĂŁo... parei contigo... -fechou a cara, e ficou olhando o bonĂ©, da nike, foda, eu tenho um burguĂȘs que mora dentro de mim, eu sou simples, mas "ele" faz eu gastar muito, com coisas caras, ainda nĂŁo eliminei esse fdp daqui- fala da irmĂŁ dos outros, falta de respeito
JĂșnior: parou comigo, valeu menor, entĂŁo... me dĂĄ meu bonĂ© que foi caro, tudo que eu tenho Ă© caro e suado
Yuri: teu pai que deu... para de lorota, a Rafa volta cheia de presentinho caro pra cacete pra tĂș, mas esse Ă© meu agora -disse ajeitando- 
JĂșnior: esse nĂŁo, Yuri... Esse foi eu que comprei memo
Yuri: per... deu playboy
JĂșnior: daqui a pouco o povo tĂĄ te chamando de Juninho, Ă© camisa, Ă© bonĂ©.. Quer meu pau tambĂ©m?
Yuri: se tiver cabeludo igual tĂĄ tua cabeça... nĂŁo, mas Ă© maneiro ele, original fiel, perdeu -atĂĄ, meu pai que me deu, ele atĂ© dĂĄ mas esse nĂŁo - tem um playboyzinho morando aĂ­ dentro de vocĂȘ ainda, num perde a essencia assim nĂŁo, menino de aphaville 
JĂșnior: foi a Mariana que me deu, alĂ©m de dar outra coisa, quando a gente fez uma semana de foda, me deu de presente
Yuri: acha que jĂĄ num fiquei com a Rafaella? Toda hora na TUA cama viado -tentei segurar ele de novo que saiu do meu lado rindo- tĂș ia traficar e eu pulava pra lĂĄ, perto de tĂș voltar, casa... -ele me devolveu o bonĂ©- 
JĂșnior: seu fdp... Vou te amassar moleque -ele sĂł ria, tĂĄ chapado, daqui a pouco eu fico tambĂ©m e foda-se- eu tĂŽ falando mano jĂĄ viajei muito coiote tem nem noção
Yuri: acredito aliado, mas Ă© que eu nunca largaria a vida boa pra viver nesse inferno nĂŁo, tĂș Ă© maluco, Ă© que eu sou cria, aĂ­ ta no sangue
JĂșnior: ter dinheiro Ă© maldição
Yuri: vindo de quem tem é mole, joga na minha mão só, rodo o mundo, vou até pra Ibi..za -soquei ele de novo- é maldição? receba, eis me aqui pra receber essa maldição pai, visão -disse olhando pro céu, que tå lindão-
JĂșnior: serĂĄ que esse cara caĂ­ hoje? -tĂŽ preocupado-
Yuri: sei lĂĄ, sei que o estado do cara Ă© grave -a cabeça tĂĄ a milhĂŁo, a gente sem camisa, caminhando, e sentamos numa pedra lĂĄ no canto, sujo de sangue, esses somos nozes, e o Yuri enrolou o "beck" pra gente fumar ali vendo esse mar foda. 
JĂșnior: se os guardinha ve, vai dar um corre na gente feio -rimos, e fumei de novo- entĂŁo num sisma de gastar essa tua onda nos cara nĂŁo
Yuri: suave mĂŁe, sabe que se o zĂłio "partir" o morrĂŁo Ă© teu nĂ©? -eu continuei olhando pra frente, passei a mĂŁo no bonĂ© e tirei- 
JĂșnior: olha bem pra mim, veja se eu quero alguma responsabilidade dessa porra
Yuri: mas a lei Ă© essa Juninho, jĂĄ se liga cuidar de lĂĄ Ă© tranquilo, sĂł que tua vida vai tĂĄ presa lĂĄ
JĂșnior: aĂ­ Ă© que o problema! Prender, isso Ă© o dilema -meu telefone tocou algumas vezes e eu vi que era um nĂșmero que nĂŁo tĂĄ na minha agenda, mas atendi assim mesmo.

Ligação on
JĂșnior: manda..
Xx: oi...
JĂșnior: oi? Quem fala?
Xx: É... Ă©... -ficou muda, porque sim Ă© voz de mulher- sou eu a Luane.
JĂșnior: Luane da onde? -olha eu me fazendo de sem memĂłria-
Luane: a menina que vocĂȘ tirou do mar na praia
JĂșnior: ahh sereiazinha marrenta, gos to sa -lembrei, rapidin-
Luane: vocĂȘ lembra com louvor tĂĄ, para de fita 
JĂșnior: ahh sim burguesa, o que foi? Ta morrendo de novo? -fui o mais ironico que eu pude atĂ© aqui- se for, minha capa de super herĂłi ficou em casa ta ligado, hoje vocĂȘ vai...
Luane: nĂŁo, eu queria pedir obrigado por hoje -olha uma educação abre portas- e meus pais querem conhecer vocĂȘ, pelo que fez por mim, querem marcar um.. jantar pra vocĂȘ -eu ri, ri com vontade- qual Ă© a graça?
JĂșnior: Ă© que eu nĂŁo vou madame, seus pais sĂŁo juizes velho, tem nada pra fazer aĂ­, imagina aguentar um monte de gente com a mesma idĂ©ia errada que a sua? Eles de tribunal e eu gerente de um morro, isso nĂŁo tem como dar certo
Luane: olha aqui ninguém sabe disso, além de mim e da Fernanda, aceita logo, é amanhã a noite... -fiquei quieto- quer que eu implore é isso? Se for não vai rolar não
JĂșnior: vocĂȘ vai estar lĂĄ? -eu ri sacana- aĂ­ eu atĂ© penso no caso
Luane: sim estarei... Ă© um jantar sĂł ok, iremos saĂ­r ilesos, pelo menos Ă© o meu desejo
JĂșnior: que horas? Porque eu preciso me programar pra isso, e me preparar psicolĂłgicamente ok?
Luane: ĂĄs 19h ou 19:30h nĂŁo chega mais tarde que isso, eles valorizam muito a pontualidade das pessoas, e eu fiz uns elogios que sĂł Deus, nĂŁo me deixa no vacĂșo -fiquei um tempo pensando, se valeria a pena-
JĂșnior: tĂĄ burguesa, estarei aĂ­, vĂȘ se melhora essa carinha e me trata bem, se nĂŁo.. -o Yuri me olhou no "burguesa"-
Luane: até amanhã..
Ligação off

Salvei como burguesa, e sorri meio vago sabe, e levantei. TĂĄ tarde da noite jĂĄ, e eu tĂŽ como resposa do morro agora.
Yuri: ta sorrindo ĂĄtoa ele, Ă© mina nova?
JĂșnior: amanhĂŁ eu tenho um "jantar" coiote, agora vĂȘ? -ajudei ele a levantar e fomos caminhando, fomos quietos atĂ© uma parte e chegamos na calçada-
Yuri: eu nĂŁo gosto muito de andar aqui a noite nĂŁo, jĂĄ tomei vĂĄrias duras ali porra, e tava limpo, se fosse agora sei nĂŁo... -mostrou o resto da erva que nĂŁo fumamos- sĂł falar, ranço desses bosta -piou dois de longe- sĂł comentar
JĂșnior: ihh tranquilo, fica suavĂŁo -sĂł falar que brota nem sei da onde esses guardinha do "Leblon presente", passou pela gente olhando e o Yuri abaixou a cabeça-passaram direto -olhei pra trĂĄs, pra que?-
Guarda 1: ou, vocĂȘs dois aĂ­ -o yuri virou- parou... parou 
JĂșnior: Ă© comigo esse "ou" aĂ­? -virei e eles chegaram perto-
Yuri: JĂșnior... nĂŁo
JĂșior: que nĂŁo, num sou bandido -eu ri-
Yuri: para de ser cara de pau porraaa -disse baixinho- Vai demorar senhor? Porque eu tĂŽ cansadĂŁo
Guarda 2: documentação por favor? 
Yuri: trouxe nĂŁo senhor
Guarda 1: andando sem identificação uma hora dessas? Suspeito, vai pra revista... vira aĂ­ 
Yuri: e o senhor tambem tĂĄ e nem por isso tĂŽ te enquadrando correto
JĂșnior: senhor, ando sem neurose onde eu quiser, tamo fazendo nada
Yuri: sĂł viemos aqui na praia senhor
Guarda 1: isso eu tÎ vendo, eu quero documentação ou vou encaminha-los pra delegacia, menores? -negamos-
JĂșnior: sob que acusação senhor, a gente tĂĄ andando -me alterei- andando velho, bandido tĂĄ em BrasĂ­lia tudo solto, num Ă© andando na orla da praia do Leblon nĂŁo
Guarda 2: onde vocĂȘs moram? -o Yuri me encarou na hora, e eu virei e entreguei a identidade pro guarda 1 previnido eu sou-
Guarda 1: onde vocĂȘs moram, encosta aĂ­ -foi carregando a gente pra perto de um quiosque fechado e encostamos, com as mĂŁos pro alto, mo putaria isso, se eu tivesse armado nem tava me enquadrando,  eu bolei filho, eles rindo enquanto revistavam a gente- esse tĂĄ limpo -o que revistou o Yuri, sendo que a minha onda estava batendo jĂĄ, segurei, mesmo vendo coisa - 
JĂșnior: pode mais caminhar aqui nĂŁo? Bom saber disso, da proxima vez passo voando
Yuri: papo reto -se virou-
Guarda 2: tĂŁo limpos, mas estavam usando, nĂŁo foi dessa vez , mas se eu tivesse achado alguma coisa estariam os dois na delegacia, podem se adiantar, que aqui tĂĄ perigoso
Yuri: a gente tem que pegar o onibus tio, se nĂŁo jĂĄ era
Guarda 1: sou irmĂŁo da sua mĂŁe? Acho que nĂŁo -o mais alto nĂŁo tira o olho de mim e eu vi que o bagulho que o Yuri tacou no chĂŁo tava perto dele- tĂŁo liberados, e vocĂȘ tem que andar com Identidade, nĂŁo pode circular aqui assim liso nĂŁo, tĂĄ sendo liberado por causa dele
JĂșnior: ainda mais pra dois homens que moram no morro nĂ© -eu disse encarando o mais alto-
Xx: JĂșnior? -olhei pra trĂĄs e era a Gabi com a FĂȘ, com skate na mĂŁo- 
Gabi: até que enfim te achamos né? -não entendi, me abraçou-
FĂȘ: oi, eu conheço eles tio, pode ficar tranquilo
Guarda 1: conhece? Estavam com vocĂȘs? - a Fernanda afirmou- VocĂȘ mora aqui que eu sei, porque nĂŁo disse que estavam esperando alguĂ©m -nĂŁo tava kk-
JĂșnior: vocĂȘ sĂł perguntou sobre a minha identidade doutor, e o meu CEP,  da proxima cĂȘ segue a risca o protocolo, te passo tudinho valeu?
FĂȘ: podem ir, estĂŁo comigo!
Yuri: Deus Ă© bom filho -pisou no rolinho no chĂŁo e eu abaixei a cabeça, os caras saĂ­ram e eu olhei pra cara delas- sempre assim, tinha acabado de te dizer -pegou no chĂŁo- aĂ­ a que salva? 
JĂșnior: como que tĂș escondeu isso
Yuri: sou traficante JĂșnior, me respeita 
FĂȘ: a Lu te ligou?
JĂșnior: sim, e eu jĂĄ disse pra ela que vou fazer essa social pra ela 
FĂȘ: jĂĄ que estamos aqui, vamos lĂĄ em casa? NĂŁo tem ninguĂ©m lĂĄ mesmo
JĂșnior: deixa pra proxima viu Fernanda
Gabi: porque vocĂȘs dois, sabendo o sĂŁo, e o que fazem tĂŁo fazendo aqui uma hora dessas e sem camisa, fedendo a maconha, pedindo pra levar dura nĂ© Neymar jr? -broncou- cara nĂŁo pensa, vai pro morro os dois, se Ă© a PM, estavam todos quebrados ou presos
JĂșnior: tentaram matar o zĂłio Gabrielle, trouxe ele pro hospital
FĂȘ: foi vocĂȘ? Meu Deus
Yuri: ele disse que tentaram né? Fica esperta lorinha
Gabi: e agora? Ele morreu?
JĂșnior: Tomara que nĂŁo
Gabi: se ele for jĂĄ sabe, vai se preparando que a CPP Ă© tua gatinho -disse me agarrando- 
JĂșnior: eu tenho que ir tomar conta daquele morro, da casa do cara atĂ© ver como que vai ficar
FĂȘ: aĂ­ jĂĄ arrumou uma carona, tĂĄ vendo? -ela ficou olhando as tatuagens do Yuri e se aproximou- quem Ă© esse nenĂ©m? Ele Ă© lindo gente, sua cara boy, que lindoo
Yuri: ahh Ă© meu bebĂȘ, lindĂŁo meu filho nĂ©? Igual o pai -se gabando-
FĂȘ: sim, ele Ă© bonito, e vocĂȘ tambĂ©m -ihhh, na cara- o olho entrega, ele Ă© vocĂȘ sorrindo, incrivel
Yuri: fiz essa tem pouco tempo, todo mundo fala isso 
FĂȘ: parabĂ©ns! Lindo.
JĂșnior: aĂ­ coiote leva, Ă© tua... -ele riu e abaixou a cabeça-
Yuri: sou fiĂ©l 
FĂȘ: nossa, que machista, nem posso elogiar o menino?
Gabi: eles dois sĂŁo assim, sĂŁo dois idioota..e quando junta... -bateu na gente, e eu me afastei- vou embora com vocĂȘs, vocĂȘ vai FĂȘ?
FĂȘ: amanhĂŁ eu tĂŽ na ong da Jessica com a Luane -oiii, deu um interesse repentino aqui-
JĂșnior: que horas?
FĂȘ: pra que vocĂȘ quer saber? -disse me encarando- ahhh Ă© vocĂȘ fiscaliza tudo lĂĄ, ĂĄs 9:00h no maximo, a Lu tem compromisso com outra pessoa depois
JĂșnior: bora Gabi... -olhei e o Yuri tava dando ideia numa morena, nem vi, se fosse tiro tinha tomado no meio da lata pra ser mais esperto- entĂŁo FĂȘ, queria te falar um negĂłcio pĂŽ... -segurei a mĂŁo dela, ela Ă© gatinha pra caralho- tĂĄ sem nada pra fazer? Eu tĂŽ, bora ali
FĂȘ: nĂŁo, e eu jĂĄ disse nĂŁo fico com traficante
JĂșnior: Mabel Ă© o que?
FĂȘ: excessĂŁo da regra, sĂł ele ok  -soltei e ri, elas acompanharam- e eu ele estamos nos envolvendo, gostei dele
Gabi: tu Ă© louca, quando teus pais souberem
JĂșnior: bora Yuri, caralho! -eles me olharam- FiĂ©l nĂ©? Aham..
Yuri: dĂĄ pra segurar a emoção um pouquinho sĂł? Vai infartar qualquer dia desses -continuou trocando ideia ali! E eu fui pro telefone, atĂ© que um cara com a mĂŁo por dentro da blusa, magrelo, cara de cĂș, disse que era assalto, ATÁ que ele vai levar meu telefone, atĂ© ri, vai levar dois diretĂŁo na fonte- qual foi, entrega gente -ele sabe como que Ă©, ele jĂĄ assaltou pĂŽ-
Gabi: nĂŁo trouxe -disse com a voz tremula-
JĂșnior: menor, aqui tem nada pra vocĂȘ nĂŁo, rala... -nĂŁo entreguei nada, daqui a pouco vou entregar Ă© um jeb esquedo no nariz dele-
Xx: vou atirar caralho..  Vou..  Me dĂĄ o telefone.. 
JĂșnior: entĂŁo tĂș vai atirar, cadĂȘ a arma que eu num tĂŽ enxergando
Xx: tĂĄ maluco? Passa logo isso aĂ­, passa, passa porra
Yuri: entrega o telefone -todo mundo alterado, nervoso e eu tranquilamente coloquei o meu no bolso, sério não vai levar-
JĂșnior: vai ter que vir pegar -a Fernanda entregou e a Gabi olhando pra cara dele, mano eu dei um bandĂŁo, caiu de lado, que a mĂŁo dele saiu de baixo da blusa sem nada, dei duas bicuda nele, e os guardinha tava vindo correndo apitando- rala ou vai tomar mais filha da puta
Gabi: malucooooo -eu ri, e a gabi também- garoto doido, mÎ bandão caralhooooo
Xx: eu gravei tua cara, tĂĄ fudido...
Guarda 1: ainda tĂŁo aqui? -disse algemando o cara- obrigado, mas o correto nĂŁo Ă© reagir 
JĂșnior: o telefone Ă© meu grandĂŁo, ninguĂ©m leva, aĂ­ bandidĂŁo, novinho, oh Iphone tĂĄ vendo, perdeu -levaram o cara e a Gabi tirou a mĂŁo do peito, mas eu ria, e a FĂȘ congelada, intacta, o Yuri surtou- 
Yuri: tĂĄ maluco Juninho, o cara te dĂĄ um no peito e ai? Morre por causa de um celular mano, nem parece que sabe como Ă© o sistema dos caras
JĂșnior: arma de... de... de dedo Yuri, ta Ă© doido tĂș, nĂŁo leva, ia tomar na lata, deu pena -a mina que ele tava desenrolando tbm ralou dali-
FĂȘ: eu preciso sentar... -tremendo que a mina tĂĄ velho, eu sentei ela no banco ali- 
Gabi: calma FĂȘ, jĂĄ foi.. -ela respirando fundo, e eu tranquilo, na boa essas coisas nĂŁo me abalam- 
Yuri: ela tĂĄ em choque -disse passando a mĂŁo no cabelo dela- oh "nem"... vai pra casa vai.. -a Gabrielle apareceu com uma garrafa de ĂĄgua, e ela bebeu, Ă© fresca cara,o cara disse "perdeu" ela se assustou tĂĄ ligado- Gabrielle leva ela em casa que a gente te aguarda aqui
FĂȘ: foi dois sufocos no mesmo dia, gente isso aqui tĂĄ muito perigoso -olhou de canto pra gente- obrigado... se nĂŁo fosse vocĂȘ tinha perdido o meu telefone, com muita coisa importante
JĂșnior: ladraozinho fulero do carai, como noĂ­s parou a Avenida Yuri?
Yuri: sĂł pente de 30 pro alto, sĂł bico de respeito, tudo nosso ali, o banco ficou liso, a polĂ­cia ficou confundida -o primeiro assalto a gente nĂŁo esquece-
Gabi: gente.. ouu... -a gente se empolgou vai, e ela olhou pra gente-
FĂȘ: foram vocĂȘs que assaltaram o banco ali em Ipanema?
Yuri: depende de qual banco... - ele fez essa cara đŸ˜Ź-
JĂșnior: e do dia, vai ver nĂŁo foi a gente -eu falei estranho-
FĂȘ: foi vocĂȘs? Meu pai Ă© sĂłcio de lĂĄ
Yuri: seu pai, Ă© da Federal?
FĂȘ: nĂŁo ele Ă© juĂ­z
JĂșnior:  juĂ­z pode ser sĂłcio de banco?
FĂȘ: pode, por conta do meu avĂŽ que era uns dos donos, ele herdou
Yuri: bom te conhecer viu querida, fica bem... -ele foi me puxando-
JĂșnior: a Gabrielle viado -parei um pouco distante- 
Yuri: o pai dela Ă© dono do caralho do banco lĂĄ, a mina sabe que foi a gente 
JĂșnior: ela nĂŁo vai dizer... 
Yuri: quem garante que nĂŁo.. -olhamos pra lĂĄ juntos- 
JĂșnior: eu garanto que nĂŁo... -elas vieram- Gabi querida, vamos meu anjo, o tio tem hora viu
Gabi: vou ficar um pouco com ela, talvez eu volte amanhĂŁ 
Yuri: tĂĄ de boa mina? 
FĂȘ: sim... -nĂŁo olhou muito pra gente e assim que deu elas atravessam-
JĂșnior: como eu ia saber?
Yuri: Ă©.. -demos o ombro juntos- ihh porran, para de andar contigo
JĂșnior: vambora que eu nĂŁo quero dar outra banda em ladrĂŁo de celular aqui nĂŁo -fomos correndo pro carro que estava estacionado longe um pouco e paramos no morro. Eu nĂŁo dormi, sĂł comi, tomei banho e trafiquei a noite toda atĂ© de manhĂŁ.
terça 19/02 (...) Assunto daqui, Ă© a prisĂŁo do ZĂłio, parece que o Noah, passou por cirurgia e assim que melhorar vai preso, se ele sobreviver Ă© claro, e o morro passa a ser meu, por enquanto o cara ainda estĂĄ entre nĂłs, vi isso na telvisĂŁo. Sim jĂĄ tĂŽ em casa, tranquilinho no meu canto, com o Gilmar. Mas cheio de sono, sĂŁo quase 10h jĂĄ, e eu nĂŁo tive a aportunidade de hibernar.
Gil: pronto gerente, estĂĄ satisfeito? agora o morro Ă© seu -disse estressado-
JĂșnior: eu nĂŁo desejei isso nĂŁo, mas tĂĄ fluindo -levantei do sofĂĄ-
Gil: vai subir lĂĄ agora?
JĂșnior: Ă© o jeito, mas eu tenho uma estrategia, vou colocar outra pessoa de frente, mas vou conduzir o morro como se fosse dono sĂł nĂŁo vou botar a cara, se nĂŁo praia, shoppinzinho de cria, esquece 
Gil: me conta, eu to curioso todinho -disse pegando as minhas coisas, pelo rĂĄdio mandei todo mundo subir pra casa do ZĂłio, e quando eu cheguei, estavam todos, tive que passar na boca antes, todo mundo me olhou assustado, uns com os olhos vermelhos, ele Ă© querido-
JĂșnior: todo mundo aĂ­? -fui olhando e mesmo se nĂŁo tiver um repassa pro outro- Todos estĂŁo sabendo do acontecido com o Noah? 
Eles: sim
JĂșnior: olha eu tĂŽ sem entender atĂ© agora, ouvi uns estampidos e quando eu subi aqui o cara tava se arrastando, todo furado... -olhei o Mabel, porque ele tinha motivos reais pra matar o cara- eu levei ele pro mĂ©dico, mas ele foi preso
Ratinho: ele Ă© forte e vai sair dessa
Mabel: tu Ă© o dono agora?
Cabelinho: como que vai ser agora Juninho?
JĂșnior: geral sabe que na ausĂȘncia do dono... quem manda Ă© o gerente, este que aqui vos fala serĂĄ o que organizara as coisas daqui por diante, sendo que eu tenho uma proposta, porque eu nĂŁo quero que me vejam como dono, nĂŁo quero o meu rosto estampado no jornal nacional
Cabelinho: como assim?
JĂșnior: gente o cara nĂŁo morreu velho eu ainda sou o gerente, mas vai ter que surgir um novo nome sem envolver o meu, quem aĂ­ tĂĄ disposto a se responsabilizar por isso, ahh exceto o Leandro Ă© claro
Mabel: como assim? -disse estressado-
JĂșnior: vocĂȘ sabe dos motivos -ele me encarou firme, rente, e empurrou meu peito, olhei pro Yuri- ta querendo morrer nĂ© vaporzinho? -sugurei a gola dele, iam separar e eu estiquei a mĂŁo ninguem chegou perto, quem vai tentar?- nunca mais entra no meu caminho assim fdp
Yuri: Juninho... tranquilo -Ă© primo e ele pediu pra eu nĂŁo bater nele-
Mabel: me solta paulista -nĂŁo soltei
JĂșnior: alguĂ©m aqui, menos esse bosta aqui vai meter a cara pra ser o substituto do Noah?
Cabelinho: por mim de boa
JĂșnior: Yuri tu quer? -ele negou- Cl? 
Lipe? Rael? -negaram também- é teu Cabelinho... -ele me abraçou de lado- permanece aí fiel, quero falar contigo... Bom aos demais, a boca não pode parar, não sou o dono, sou o gerente porém respeito e lealdade permancem como se eu fosse o dono, igualmente para Cabelinho que tå colocando a cara pra bater aí valeu
Mabel: coisa que tu nĂŁo faz, correto? -olhei ele de canto- explana onde que tu tava na hora que o zĂłio levou trĂȘs tiros?
Yuri: Leandro, vamo descer
JĂșnior: na minha casa, mas nĂŁo te devo satisfaçÔes..  tĂŁo liberados 
Lipe: tudo como era antes? -fez um joinha-
JĂșnior: desse jeito meu mano -eles foram apertando a minha mĂŁo, o Ășltimo a saĂ­r SERIA o Mabel- ouuu Leandro... vem aqui -ele largou o fuzil ali e veio pisando forte- se acalma moça, ta estressada? 
Mabel: eu sabia que era sĂł te dar poder... Que tu ia mostar a cara mermĂŁo, eu sabia que vocĂȘ ia passar o cara na primeira oportunidade 
Cabelinho: ta acusando o cara Leandro? AĂ­ agora ele Ă© chefe filho, quer que eu tire o preju patrĂŁo?
JĂșnior: deixa que eu mesmo resolvo Cabelinho, aĂ­ vou te dar uma opção, ou tĂș me pede descupa da merda que tĂș deixou geral semeando, achando que eu atirei no zĂłio ou eu vou te bater tanto que vai pedir desculpa ajoelhado, e nĂŁo tem o coiote pra te defender hoje nĂŁo
Cabelinho: eu tava esperando esse momento, deixa eu...-eu ri, ele estatelou o olho- foi tĂș que atirou no cara Mabel, fala logo.. 
JĂșnior: tĂĄ pensando que tĂĄ passando batidĂŁo ele, aĂ­ bandido, escutou o que eu disse?
Mabel: me faz pedir desculpa nesse caralho vai seu merda -ahhh nĂŁo... ele bateu no meu peito-
JĂșnior: eu ainda dei perola pro porco, vocĂȘ nĂŁo merece opçÔes nĂŁo Leandro -o Cabelinho sĂł sentiu o vento, eu bati muito nele, ele atĂ© acertou um ou dois, mas ele Ă© obrigado a deixar eu bater nele, bati atĂ© eu dizer chega, eu sacudi ele no chĂŁo, que estava cuspindo sangue, com a cara roxa, levantei- desculpa patrĂŁo... -eu ri com o cabelinho- desculpa, Ă© isso que quer eu fale?
JĂșnior: eu nĂŁo ouvi Mabel, mais alto um pouco... -ele se arrastou pra se escorar na parede-
Mabel: eu vou te matar... assim como eu fiz com aquele babaca do Noah -riu- isso aqui era pra ser meu, mas ele e aquela vagabunda da mulher dele me passaram pra trĂĄs, que bom que... -levantou e limpou o sangue- vocĂȘ estourou a cabeça dela, porque se eu virasse dono, eu ia fazer o mesmo com aquela vaca interesseira... -ficamos olhando pra ele- 4 tiros foram pouco pra ele -4?-
Cabelinho: ele tĂĄ mentindo nĂ©, ele nĂŁo ia matar o dono do morro sabendo que tĂș viraria o dono -disse baixo no meu ouvido- e voltar, duvido menor?
Mabel: o proximo -sorriu e apontou pra mim- seria vocĂȘ, mas ele tem sorte, ele tem oitenta vidas aquele puto, queria ver vocĂȘ quantas tem, os tiros oh fodĂŁo era pra tĂș, me disseram que tu ia tĂĄ aqui sozinho, eu disse que o bagulho do portĂŁo num ia ficar assim
JĂșnior: tenta a sorte, tem noção do que vocĂȘ arrumou pra tua vida? -bateram na porta e entraram e era o Yuri, e me encarou, e ele Ă© famĂ­lia pra caralho, sempre-
Yuri: qual foi Juninho? Bateu no muleque? QUAL É MANO  -me olhou diferente de como ele custuma olhar- Leandro... -disse pegando ele, que quase caiu de novo- que isso Cabelinho? O que houve aqui cara olha o Leandro, arrebentado
Cabelinho: ele tentou matar o ZoĂ­o Yuri, e acusou o JĂșnior na frente de geral aĂ­, ta certo isso? TĂĄ nada
JĂșnior: Yuri, ta suave bro 
Yuri: suave o que menor, meu primo em primeiro lugar -ele disse perto de mim e eu abaixei a cabeça- tu me disse que nĂŁo ia encostar nele mais Juninho, me desconsiderando no bagulho, a gente, eu e tĂș Ă© parceria, olha o estado do muleque, bateu firme nĂ©, eu dei o dinheiro pra ele te pagar o portĂŁo, ele pagou e vocĂȘ ainda ta com bronca com o cara
JĂșnior: sabe o que ele disse -ele sĂł tĂĄ vivo por causa do Yuri mano- que ele veio pra me matar, mas eu nĂŁo tava aqui e ele atirou no ZĂłio
Yuri: tĂĄ firmĂŁo -bateu no meu peito- TÁ SUAVE!! -disse alto mermo, caralho ele nĂŁo- esperava de geral essa atitude menos de tĂș, mas a gente se surpreende
Cabelinho: grita assim? ta certo
Yuri: vai os dois tomar no centro do cĂș, e vocĂȘ JĂșnior nem olha mais pra minha cara.. nos meus ninguem toca nĂŁo Neymar, nĂŁo toca pode ser vacilĂŁo, otario, mas nĂŁo toca 
JĂșnior: coiote... 
Cabelinho: deixa o cara coiote, se Ă© o ZĂłio aqui ele tava morto -o Yuri me olhou decepcionado mermo, de verdade-
Yuri: que se foda, e vocĂȘ tambĂ©m seu idota, tava pensando em que quando afrontou o novo dono do morro? -disse debochando e eu olhando ele- na boa ta merencendo mermo uns tapĂŁo na orelha pra virar homem, sĂł vim te avisar que a tua irmĂŁ ta na area aĂ­, Neymar 
JĂșnior: Yuri espera menor... -ele foi ajudando o Leando saĂ­r, todo quebrado (kkk) parei, passei a mĂŁo na cabeça- fudeu, fudeu... Fudeuuuu, FUDEUUUU! -disse chutando o sofĂĄ
Cabelinho: chefe, a vida errada Ă© essa, errou vai ser cobrado, ou tĂș Ă© certo pelo certo ou tu ta encima do muro, sabe que o muro tĂĄ baixinho, Ă© sĂł pular -eu ri disso, eu nĂŁo aguento essa gĂ­ria, mais um que eu gosto tĂĄ bolado comigo-

Yuri "on"
Como que pode, mas Ă© assim mesmo nesse caralho, o menor comeu meu primo na porrada, mas tĂĄ certo, Deus cobra do jeito certo, cheguei na casa da minha tia Elaine, a mĂŁe do Leandro, ele desceu da moto, ela mora do outro lado do morro, quase na beira da pista, quase mesmo.
Yuri: TIAAA ELAINEEE -gritei assim umas duas vezes- ELAIINEEE
Leandro: ela vai me ver assim.. -disse respirando fraco- me deixa aqui que entro sozinho -o olho inchado-
Yuri: nĂŁo vou te deixar de pista nĂŁo tĂĄ doido? SĂł faz merda Mabel, vocĂȘ sĂł faz merda na moral -subi no muro e vi que a casa ta fechada- acho que ela nĂŁo ta aĂ­ nĂŁo, tem a chave nĂŁo
Mabel: ahhh, que dor! Tem duas semanas que eu não apareço aqui coiote
Yuri: teu vacilo jĂĄ começa quando tem mĂŁe e nĂŁo valoriza -jĂĄ falei colocando o telefone no ouvido e liguei pra Pri, que tĂĄ trabalhando no salĂŁo, vai ver minha tia tĂĄ trabalhando tambĂ©m.

Ligação on
Pri: oi amor...
Yuri: vida, minha tia tĂĄ aĂ­?
Pri: qual das tias? A Elaine tĂĄ
Yuri: essa mermo, eu trouxe o Mabel pra casa, que o JĂșnior arrebentou o moleque Priscilla
Pri: o JĂșnior... JĂșnior... Cumpadre? O Que Yuri? 
Yuri: te conto em casa, era o nosso cumpadre, Ă© o Junior mermo... pede minha tia pra brotar aqui
Pri: tĂĄ, nĂŁo esquece de pegar o Gui na casa da JĂșlia, ela jĂĄ tĂĄ indo 
Yuri: vou esperar aqui beijo te amo
Pri: te amo também, tchau
Ligação off 

Ele deitou na calçada com a mão na costela.
Mabel: ele me arregassou, vou matar ele
Yuri: sempre apanhando de homem, ele Ă© igual tĂș, porque num revidou?
Mabel: ele Ă© agil -eu atĂ© ri dessa babaquice, sentei com ele ali- 
Yuri: o que fez ele ficar estressado a ponto de te deixar estragado assim Mabel?
Mabel: eu disse que tentei matar ele, mas não fui eu nada, nem tava no morro ontem, mas falei bosta, primeiro eu acusei o cara, depois eu disse que foi eu, só falei merda -até levantei-
Yuri: e pra que tu disse que foi tĂș se nĂŁo foi, cuzĂŁo, atĂ© eu ia te moer tambĂ©m, mas eu posso -minha vontade foi de dar um bico nele tambĂ©m, dei, passei vontade nĂŁo, mas dei leve- 
Mabel: ai ai ai... coĂ© coiote... 
Yuri: eu vou falar com ele, isso nĂŁo vai passar batido nĂŁo, bater em tu Ă© mole mo frango... todo mundo te arrebenta Leandro, agora comigo o lance Ă© outro
Mabel: eu bem que queria estourar ele todinho mesmo, mas nĂŁo tive coragem
Yuri: fica meio difĂ­cil de acreditar que disse uma coisa e nĂŁo fez, sou teu primo, tĂŽ pulando no teu cĂąo e ele Ă© meu irmĂŁo, fala a verdade vai, num quero comprar briga atĂła
Mabel: EU NÃO TAVA NO MORRO CARALHO, VOLTEI QUANDO EU SOUBE DOS TIROS NO ZÓIO, tava na casa de uma mina aí, ta louco
Yuri: tĂĄ bom acredito -avistei minha tia, ela tem carro, ela parou jĂĄ saindo com a mĂŁo na cabeça- 
Elaine: meu filho... o que houve?
Mabel: calma mĂŁe tĂŽ vivo
Yuri: tia, falou merda tomou um sacode do gerente
Elaine: vai apanhar mais agora.. Eu nĂŁo criei filho pra ser traficante nĂŁo, ta apanhando de homem na rua... -ele entrou no "rock" de novo com a tia, eu nĂŁo deixei, assim que ele ficou suave com a tia, voltei pro meu setor, que eu tenho cota pra bater e a Rafaella aparece, ali toda gatinha- 
Rafaella: ou menino... -olhei ela- o JĂșnior tĂĄ aonde?
Yuri: nem me fala dele, na moral, vacilĂŁo da porra, sei nĂŁo... sei nĂŁo
Rafaella: uĂȘ, vocĂȘs sĂł andam juntos, pensei que ele estava por aqui..
Yuri: eu avisei que tu tava aĂ­ e voltei
Rafaella: pensei que tava aqui, valeu coiote  
Yuri: nĂŁo tĂĄ nĂŁo pode se adiantar que eu gosto de mina na minha boca nĂŁo valeu, tchau
Rafaella: ok... -subiu olhando pra trĂĄs e eu sorri forçado, assim que eu bati a cota, tipo quase 16h da tarde eu tinha que buscar meu menorzinho na casa da mina que toma conta dele pra levar pra Mariana, subi na moto e pĂĄ, passei no meu pai antes, e fui pra JĂșlia, Ă© caminho da minha casa e vi ele de costas falando com a Mariana cheio de riso, parei- 
Yuri: trocando ideia os dois? -ele me olhou de canto- ele gosta de conversar contigo nĂ©?
Mariana: quem nĂŁo, sou um doce
JĂșnior: falando do Gui, coiote, sĂł isso
Yuri: pra tĂș Yuri, e nĂŁo falei contigo, minha ideia Ă© com ela... sabe que nesse morro NINGUEM PRESTA -olhei diretĂŁo pra ele que fez um valeu pra mim- 
JĂșnior: Mari, tenho que ver minha mana que tĂĄ por ai -ele beijou o rosto dela, nĂŁo sei qual foi o cochicho que rolou riso, subiu um nervoso- mais tarde, tranquilo 
Mariana: se der... tenho plantĂŁo
JĂșnior: vai ser rĂĄpido, confia em mim fiĂ©l -deu um toque na mĂŁo dela - tĂș sabe mesmo? 
Mariana: claro, fiz no Rael
JĂșnior: vai fazer em mim entĂŁo minha vida
Yuri: ta maluco? Do que tĂŁo falando? -to louco pra arrumar um cao com ele, vai ter firme- chamando de minha vida
JĂșnior: qual foi Yuri, o que eu te fiz mano, a consideração continua atĂ© tĂș me desrespeitar nessa porra
Yuri: quero qq contigo ta vendo nĂŁo?quero, e quero muito
JĂșnior: ihhh, ta falando sĂ©rio? 
Yuri: sabia Mariana que ele deixou o Mabel moĂ­do? -disse olhando pra cara dele-
JĂșnior: ele Ă© tĂŁo moça que precisa de vocĂȘ pra resolver os problemas dele, deixei e deixo de novo -riu sarcĂĄstico e eu fiquei rente a ele- Ă© isso? TĂĄ pulando no cĂąo dele mermo menor? Logo tu que Ă© meu fechamento?
Yuri: era... -doeu dizer isso, tamo junto desde quando esse cara chegou aqui- vocĂȘ poderia ter deserolado com ele por qualquer motivo agora por causa do zĂłio?
Ele Ă© mĂł otĂĄrio JĂșnior, escravisava nĂłis ai no bagulho, eu fiquei dois dias, 2 direto sem ver meu filho porque tava traficando pra dar dinheiro pra aquele filho da puta
JĂșnior: foi isso que ele disse? -riu- nĂŁo foi por causa do zĂłio Yuri... manda ele te conta a histĂłria toda 
Yuri: nĂŁo foi ele que atirou no zĂłio se Ă© isso que tĂș ta pensando -o povo jĂĄ começou a brotar na rua-
Mariana: gente... vamos acalmar um pouco, vocĂȘs sĂŁo amigos cara
JĂșnior: ele que tĂĄ brigando comigo Mari, ta vendo, tudo por conta daquele vacilĂŁo do Leandro -ele passou a chave pelo pescoço e fez uma cara de que "isso nĂŁo vale a pena"- se quiser conversar tranquilamente comigo, sabe onde me encontrar, e avisa teu primo que ele Ă© homem, ta precisando aprender isso -continuou subindo devagar-
Yuri: BATER NELE É MOLE, QUERO VER BATER EM MIM! -ele parou mas nĂŁo virou- FOI O QUE EU PENSEI MERMO, BATE NOS MAIS FRACOS NESSA PORRA
JĂșnior: melhor tĂș me deixar na minha coiote -disse alto mas subindo- a Ășltima pessoa que eu brigaria na vida seria vocĂȘ e o Gil Ă© claro
Yuri: no momento vocĂȘ seria a primeira que eu bateria -ele parou de novo e virou, e desceu, sĂ©rio-
JĂșnior: nĂŁo vou brigar com vocĂȘ por causa daquele moleque ele nem merece que eu esteja aqui falando dele contigo, e vocĂȘ tĂĄ conseguindo me deixar estressado nessa porra -Ă© isso que eu quero, tĂŽ ansiando por isso mermo- o que deu em tĂș
Yuri: Ăłdio de vocĂȘ... nĂŁo vai passar batido, uma hora a gente vai resolver isso
JĂșnior: tenho um morro pra tomar conta -virou, mano agora ele volta quer ver-
Yuri: aham, oh nĂŁo cheira os pĂł todo nĂŁo, viciado, deixa pra revenda 
Mariana: Yurii... 
JĂșnior: vocĂȘ tĂĄ falando isso pra mim Yuri, Ă©hh, tĂĄ pegando pesado, mexendo com passado
Yuri: passado? Nem falei que esses dias ai quase cheirou de novo, aaiii sim Ă© te explanar na quebrada
Mariana: Yuri, isso Ă© a ferida do cara -eu sei kkkkk- faz nĂŁo coiote
Yuri: todo mundo sabe que ele gosta muito de uma carreira INTEIRA, nariz de platina, e a dele era da pura Mariana, tinha grana  -eu gargalhei, mano eu sĂł vi quando a gente se embolou feio ali, soco, chute, porrada, eu quero muito trocar com ele, mas separaram, ficou ruim pros dois, que os dois Ă© bom de porrada, o Rael e o Cl entrou, sĂł o Lipe que aguentou separar, ficou ruim de separar real
Cl: Gente porque isso? -disse me segurando- 
Yuri: Solta o brabo Lipe, ele num bate em todo mundo aqui, solta ele... Vem vem... 
JĂșnior: ME SOLTA CARALHO, YURI... EU VOU DEIXAR SEM OS DENTE -o Lipe nĂŁo deixou ele vir, ele tentando mas nĂŁo dava- Felipe tĂŽ calmo jĂĄ me solta, me solta menor -estranhou o Lipe- se nĂŁo na moral vai ser eu e tĂș agora, tira a mĂŁo de mim 
Lipe: não vou soltar, pode me ameaçar -ele me olhando feio-
Mariana: vai pra casa yuri
JĂșnior: se subir aqui, vou te agarra sĂł saĂ­ de maca -tirou a camisa- passa aqui, PASSA -eu fui  o CL jĂĄ empurrou meu peito de novo -
Yuri: So vem braboo, sĂł chegar -ele ta com sangue nos olhos, agora eu acho que vai dar ruim- te defendi pra caralho nesse morro
JĂșnior: Yuri, eu vou matar teu primooo.. e se tĂș piar eu mato vocĂȘ tambĂ©m... 
Yuri: a pistola tå aí filho só mandar -o Lipe tirou da cintura dele e eu tÎ liso também-
Lipe: aĂ­ menina, manda o ratinho subir com o carro -disse pra uma menininha que tava ali, que foi correndo- 
JĂșnior: conseguiu o que tĂș queria? VocĂȘ acabou pra mim Yuri, acabou
Yuri: vem tranquilo.. Como vocĂȘ diz, eu re ci pro co -sentei- comigo Ă© melhor no segundo round, posso ficar te socando atĂ© amanhĂŁ -levantei de novo o ratinho chegou e ele subiu, na moral tĂŽ arrependido agora kk, foda-se- 
Mariana: o que deu em vocĂȘs dois
Yuri: eu só queria tirar o prejuizo do Leandro só isso -subi na moto e fui na mesma direção que o carro deles, só senti a moto derrapando, o pouco que eu ainda estava consciente, pensei o cara me atropelou.

JĂșnior "On"
O Yuri tå maluco mano, depois que a gente trocou firme ali em baixo, fui esfriar a cabeça, e o ódio da mente, se eu vejo ele de novo eu passo por cima.
JĂșnior: se eu vejo ele eu passo por cima, devia ter atirado nele 
Lipe: que bagulho doido foi vocĂȘs hoje cara, batman e robin do bagulho separou?
Ratinho: passar por cima patrĂŁo? seus pedidos serĂŁo atendido -sĂł vi ele ultrapassando a gente-
JĂșnior: o que tĂș vai fazer? NÃO NÃO... -ele atropelou o Yuri, sĂł vi meu amigo caindo, a moto foi derrapando, e ele voou longe, tentou levantar e caiu de novo- PARA ESSE CARALHO DESSE CARRO RAFAAELL -ele parou longe e eu voltei correndo muito, muito, muito e nĂŁo posso mexer nele, coloquei a moto no meio da rua, pros carros nĂŁo subirem e mandei eles voltarem, pior que ele nĂŁo usa capacete, eles abriram o carro, vieram todo afobado, eu chorando- nĂŁo encosta nele nĂŁo, chama a ambulĂąncia -disse berrando, sentei do lado dele- vai dar tudo certo coiote, me desculpa mano -ele ainda tĂĄ respirando e  vi o Lipe falando tudo, e chegou rĂĄpido atĂ© e imobilizou ele todinho, os menor ralaram obviamente por causa que tavam tudo de bico, e eu vou com ele, nĂŁo demorou muito chegamos no hospital, eu sĂł chorei, dei os dados dele porque eu sei de tudo, hospital pĂșblico Ă© foda, dependendo do que acontecer eu mando ele pro particular. Avisei a Priscilla. (...) Levantamos assim que ouvimos responsĂĄvel do Yuri Pereira da Silva.
Priscilla: eu sou a esposa dele doutor
JĂșnior: sou amigo, dele -meu olhos inchados jĂĄ, cabeça doendo, mas tamo aĂ­ jĂĄ eram quase 2h da madrugada, chegamos por volta das 16h da tarde aqui, sĂł agora que vieram falar dele- Ele pode receber visitas?
Priscilla: diz que sim doutor 
Doutor: sim, olha estamos com um certo problema, porque ele não se recorda de alguns momentos do acidente mas disse que foi atropelado -gelei- ele não fraturou nada internamente, só a perna que foi imobilizada e o pescoço por precaução, esta consciente, medicado e acordado, o que é positivo em quanto grave foi o acidente
JĂșnior: ele lembra quem fez isso?
Doutor: infelizmente nĂŁo, mas podem ve-lo, estĂĄ num horĂĄrio importuno, sĂł nĂŁo deixem o paciente nervoso -assentimos, e ela entrou devagar e ele estava acordado, com uma perna enfaixada e deitado, tomei coragem de ir, e ele virou a cabeça devagar- 
Pri: como que vocĂȘ me apronta uma dessa? Tendo eu e o seu filho pra sustentar? -disse chorando- eu te amo cara, nunca mais faz uma coisas de novo comigo Yuri, Ă© serio
JĂșnior: e aĂ­ cara -ele me olhou- que bom que tĂĄ tudo bem agora
Yuri: ta fazendo o que aqui? 
JĂșnior: eu... tĂŽ aqui desde a hora do acidente e quase morri te vendo cair daquela moto
Pri: calma aĂ­, vocĂȘ viu quem atropelou ele? -ela me fuzilou- vocĂȘ vai fazer alguma coisa, ele Ă© seu amigo
Yuri: fala pra ela quem me atropelou? -ele disse fraco, e eu abaixei a cabeça- 
Pri: gente o que tĂĄ acontecendo? Me fala por favor? -disse olhando pra nĂłs dois-
JĂșnior: vai ficar tudo bem, a gente teve uma briga de amigos, ele me bateu... -disse olhando pra ele-
Yuri: e vocĂȘ quase me matou -a Pri me olhou surpresa- veio terminar o serviço?
JĂșnior: me perdoa Yuri, passei da conta na vingança... 
Pri: vocĂȘ atropelou ele Neymar?
JĂșnior: eu disse na hora da raiva, mas o ratinho achou que era verdade, e eu disse que nĂŁo mas era tarde, e eu me arrependo demais 
Yuri: na boa fdp... vai embora -ele deixou a lĂĄgrima cair e a Pri me olhando indignada, eu fui me afastando, o que eu tĂŽ me transformando, saĂ­ e ouvi a Pri me chamar e eu virei- 
Pri: eu nĂŁo acredito que vocĂȘs dois terminaram assim? O que houve pro Yuri estar aqui Neymar
JĂșnior: ele me provocou Priscilla, e eu caĂ­ na dele! Ele ta mexido por causa do que aconteceu com o Mabel, ele disse que ia me matar Pri, me xingou, eu sou sujeito homem, como que o cara me xinga, e o Leandro me irrita num grau cumadre...  opa.. Priscilla
Pri: tudo por causa do Leandro? JĂĄ tĂŁo dando mole aĂ­, mabel nĂŁo vale um coxinha com cabelo
JĂșnior: sabe como Ă© teu marido, aqui... o que ele fez -mostrei meu olho no canto roxo, minha boca cortada- ele filha queria me bater -rimos- trocou firme, mĂŁozinha pesada dele -encostei na parede- ficou sĂ©rio, saiu do controle -passei a mĂŁo no cabelo- tĂŽ mal, sĂ©rio
Pri: ahh eu nĂŁo consigo sentir raiva de vocĂȘ, eu vou conversar com ele, isso foi longe demais JĂșnior, na hora da raiva as coisas que a gente faz tem consequĂȘncias terrĂ­veis, coloca a cabeça no lugar e depois vocĂȘs trocam uma idĂ©ia -concordei- vou falar pra ele que anos de amizade nĂŁo termina assim 
JĂșnior: te amo, vocĂȘ sabe disso nĂ©?
Pri: pelo amor de Deus, para de bater nos outros, esses dias foi o Gaga, Cadu e JacarĂ©, ontem o Mabel, jĂĄ entendemos que vocĂȘ Ă© bom de porrada
JĂșnior: e o menino? o Guigui?
Pri: tĂĄ com a Rafinha, na tua casa, cuida dele pra mim? padrinho Ă© pra isso
JĂșnior: sou ainda? -disse fraco-
Pri: Ăłbvio, com certeza e pra sempre cara -afirmei e continuei andando, de cabeça baixa, olha no que deu a nossa discussĂŁozinha, quando eu liguei o telefone tinha uma porrada de ligação da burguesa mano, esqueci totalmente que tinha aquele "jantar". 
quarta 20/02 (...) Levantei no susto mesmo, que eu sentei na cama respirando fundo, com o Guigui chamando tio "junino", me sacudindo forte.
JĂșnior: Oi grandĂŁo... -puxei ele pra abraçar- ahhh meu filho -continuei enchendo ele de beijo- que foi?
Gui: eu quelo mamuzinho, dĂĄ pa eu titio junino... To de fome ati na baligua
JĂșnior: mamuzinho?
Gui: Ă© meu "padinho", quelo mamuzinho -fez birra-
JĂșnior: bom o tio nĂŁo tem oh, mas eu vou providenciar isso pro meu amorzauuum -o olho pesadĂŁo, mas tamo aĂ­ na atividade, beijei a barriguinha dele que sorriu tanto que a chupeta caiu na cama- quem Ă© o bebezaum do titio "Junino" 
Gui: é o guigui? -disse rindo- é eu né titio junino?
JĂșnior: ahhrhmm Ă© o Gui caramba -continuei a resenhazinha com ele ali, e parei porque meu telefone tocou, era a burguesa. 

Ligação on
JĂșnior: oi burguesa... -ela soltou meia duzia de palavrĂŁo que eu afastei o telefone do ouvido- calma cara 
Luane: calma? VocĂȘ me deixou passar carĂŁo na frente dos meus pais, quando vocĂȘ disse que nĂŁo viria, nĂŁo achei que fosse sĂ©rio, vocĂȘ Ă© um babaca que sĂł pensa em vocĂȘ -e mais um milhĂŁo de palavrĂŁo- eu fiquei te esperando, me arrumei toda pra um jantar com um traficantezinho idiota igual vocĂȘ, Ă© o que meu anjo bolo? ahh eu nĂŁo sou mulher de levar bolo nĂŁo se vocĂȘ quer saber cara 
JĂșnior: eu nĂŁo fui por que o meu amigo foi atropelado, fiquei com ele no hospital atĂ© duas da madruga e vocĂȘ tĂĄ parecendo uma louca me xingando? Falou mais palavrĂŁo agora do que eu na vida 
Luane: ah... eu nĂŁo sabia... e como ele tĂĄ? -disse mansa- foi atropelado por quem, jĂĄ achou?
JĂșnior: vocĂȘ nĂŁo me deu tempo, depois a gente se fala que eu tenho que cuidar do filho dele
Luane: vocĂȘ sabe cuidar de criança? 
JĂșnior: nĂŁo mas eu me viro aqui, num Ă© tĂŁooo difĂ­cil
Luane: olha eu tĂŽ aqui na sua comunidade se vocĂȘ quiser eu vou ai na sua casa e ajudo com o?
JĂșnior: Guilherme, ele Ă© meu afilhado! mas tĂș vem mesmo? 
Luane: vou sim, se vocĂȘ permitir, jĂĄ tĂŽ aqui nĂ©, num custa
JĂșnior: mina, vocĂȘ pode colar aqui na hora que tĂș quiser filha, porque eu tenho compromisso aqui no morro
Luane: nĂŁo posso ficar muito, mas eu vou sim, quero cuidar da criança 
JĂșnior: vou pedir pra alguĂ©m te buscar aĂ­ beleza? Ta na ong?
Luane: tĂŽ sim, jĂĄ acabei...
JĂșnior: entĂŁo qualquer menorzin daqui a pouco cola aĂ­ pra te pegar de moto, firmeza?
Luane: sim, tchau 
Ligação off

Eu sorri olhando pra tela, pedi pro Rael pegar a mina lĂĄ pra mim, sendo que o cara Ă© pintoso, mandei com o pĂ© atrĂĄs, vai que no meio do caminho ela desvia a casa? travei e deixei ali, e levantamos, ele foi na frente e eu acompanhando ele, nĂŁo vi a Rafa, mas deve tĂĄ na praia, o Sol ta lindo. 
JĂșnior: Gui, o que vocĂȘ come? -ele riu sem entender- o que o bebĂȘ come?
Gui: eu come "mamuzinho" -cruzou os braços, que merda é isso-
JĂșnior: "mamuzinho" "mamuzinho" mermo Guigui? Pode ser outra coisa nĂŁo -coçei a cabeça- mas o tio nĂŁo tem leite aqui, nĂŁo tĂŽ preparado pra vocĂȘ aqui -na minha cabeça criança bebe leite e pronto- biscoito... -ele me olhou e fez cara de choro e começou, sem parar e eu coloquei a mĂŁo na cabeça, tentei conversar e nada, atĂ© que ele sentou no chĂŁo, dramatizando, Yuri purinho esse garoto- Guigui, o tio vai dar um jeito -abri a geladeira e tem danone, tem uns bagulho bom, criança gosta de danone viado- quer danone? -ele negou chorando- quer... cereal? -peguei no armĂĄrio ainda bem que ele disse que nĂŁo, nĂŁo tem leite-
Gui: mamuuzinho... -ele sentou no chĂŁo de novo-
JĂșnior: olha tem frutinha... ahaaa -ofereci banana, maça, morango, uva, laranja... ele negou tudo, que criança que nĂŁo gosta de "maça" eu amo "maça"- 
Gui: titio Junino, eu quelo "mamuzinho" cotado titio, assim "idal" mamĂŁe faz -sorriu, que porra Ă© isso?- 
JĂșnior: Guilherme... -sentei ali com ele- explica pro tio o que Ă© "mamuzinho" pelo amor que o tio Juninho tem a Deus e os seus anjos -disse quase chorando jĂĄ- come moranguinho meu filho, tem biscoitinho... tem... nescal.. nescal nĂŁo, que nĂŁo tem leite.. Tem... pĂŁo de queijo gotoso -ele fez cara de choro, e a Rafaella entrou com o leite, gloria a Deus,  eu estou ajoelhado, decadente e cansado, mas Ă© assim mesmo-
Rafaella: JĂș? -disse chegando na cozinha- Gui, vocĂȘ quer mingalzinho? 
Gui: nĂŁo...
Rafaella: oh, esse leite aqui que ele bebĂȘ, vou pra praia com a Gabrielle e com uma tal de Ana, amiga dela tĂĄ -jogou beijo
JĂșnior: Rafaella pelo amor Deus, vocĂȘ sabe o que Ă© "mamuzinho?" 
Rafaella: nĂŁo faço a menor idĂ©ia -disse sorrindo, beijou ele e foi caminhando- 
JĂșnior: Rafaella socorro!! -implorei- me ajuda cara
Rafaella: vai se preparando irmĂŁozinho -ouvi passar pela porta e eu olhei pra ele-
Gui: titio, lĂĄ na mia casa tem
JĂșnior: mas o titio nĂŁo vai lĂĄ, tĂĄ? Seu pai tĂĄ querendo esmagar o tio viu, tio permanece aqui em segurança 
Gui: vai sim... tio Junino -ouvi chamar, corri pro banheiro, escovei o dente, lavei o rosto e coloquei o boné e abri correndo, ela sempre linda, porém muito marrenta- é a sua namolada tio? -e eu olhei sorrindo pra ele e neguei- mas e a outla?
JĂșnior: que outra Guilherme? O tio nĂŁo tem namorada nĂŁo -disse entre os dentes-
Gui: aquela tio -ela riu, e mexeu no cabelo- voshĂȘ Ă© bonita.. muito bonita
Luane: obrigado Guilherme... -ela abaixou ficando da altura dele e pegou ele no colo- ele jĂĄ comeu? 
JĂșnior: nĂŁo... entra aĂ­ -dei espaço pra ela e entrei e fechei a porta- ele quer "mamuzinho" e eu nĂŁo sei que PORRA Ă© essa, sei que Ă© de comer atĂ© o presente momento
Gui: poua? -olhamos pra ele- poua... poua... -disse balançando a cabeça dançando- poua titio
JĂșnior: Gui... nĂŁo repete 
Luane: jå perguntou a mãe dele? -boa ideia- não né?
JĂșnior: nĂŁo estive pensando nisso aĂ­, mas eu vou descobrir o que Ă©
Gui: "mamuzinho" tia... 
Luane: vem cĂĄ... -fui caminhando com eles pra cozinha e esta tudo limpo, ainda bem, e ela abriu a geladeira, e mostrou pra ele algumas frutas e quando ela chegou no mamĂŁo ele sorriu...- 
Gui: ehh "mamuzinhooo" -disse feliz e ela me olhou sorrindo- 
JĂșnior: mentira mano -disse inconformado com isso- pĂŽ Guilherme era mamĂŁo?
Gui: esse é "mamuzinho" né?
Luane: mamĂŁozinho querido, mamĂŁozinho!! -disse me entregando, e eu cortei, entreguei no pote pra ele- ele Ă© lindo, olha o olho fechadinho, que bochecha 
Gui: eu sou "indo tia" -sorrimos dele falando com a boca suja- 
JĂșnior: se fosse nosso... Seria assim -olhei pra ela que sorriu sem dar importancia- foi mal por ontem, nĂŁo fiz por querer -ela revirou os olhos- foi por motivos maiores
Luane: minha vontade foi de socar sua cara -fez isso devagar, e eu virei o rosto e olhei pra ela- olha eu odeio passar carĂŁo Ă© sĂ©rio, meus pais agora acham que vocĂȘ Ă© uma fantĂĄsia da minha mente
JĂșnior: posso ser tambĂ©m -disse olhando pro chĂŁo, cruzei os braços e escorei na pia- posso nĂ©?
Luane: não serå nunca -amecei beijar ela que se afastou na hora e eu ri, até o Gui riu-
Gui: ela nĂŁo quer "begar" voshĂȘ naum titio -rindo muito- 
JĂșnior: agora vĂȘ Gui, nĂŁo sabe o que tĂĄ perdendo -disse olhando pra ela que disfarçou olhando pro Guigui- mas seus pais relevaram depois pĂŽ, e uma hora eu vou lĂĄ, pode pĂĄ
Luane: tem que ir mesmo pra eu nĂŁo passar de mentirosa
JĂșnior: nem deu mermo, aconteceu tudo isso com o coiote, e eu fiquei lĂĄ atĂ© ter notĂ­cia do cara
Luane: isso significa que vocĂȘ Ă© bom amigo, mas hoje em dia tem um tal de whatsapp que vocĂȘ se justifica por mensagem ou por aĂșdio, se tĂș mandasse "ou BURGUESA, eu nĂŁo posso ir porque meu amigo tĂĄ no hospital" eu te xingaria menos do que eu te xinguei 
JĂșnior: nem pensei na hora, Ă© verdade burguesinha, aĂ­ ta andando muito por aqui hem, tĂŽ achando que gostou
Luane: ihh duvido, meu amor -encarei ela na hora- eu jå estava aqui, num custa né, mas eu tenho medo de sei lå sair um tiroteio do nada e eu enfiada aqui
JĂșnior: tĂĄ assim jĂĄ? -ajeitei o bonĂ©- chamando de amor -levantei uma sobrancelha- 
Luane: habitos ok? 
JĂșnior: aĂ­ sem neurose no bagulho, o morro tĂĄ calminho filha, vem tranquila valeu, tĂĄ tudo 2
Gui: cabou titio -esticou o pote eu peguei e jå lavei- "deshe" eu tia -esticou os braços e ela tirou ele da cadeira, limpou a boca dele- obigado tia, qual o "sheu" "mome" tia?
Luane: pra vocĂȘ Ă© tia "lulu" 
Gui: titia "lulu" -sorriu- quelo desenho do "ponja"
JĂșnior: bom a hora Ă© agora, Gui quer mais nada nĂŁo? 
Gui: nĂŁo, eu to cheio na baliguinha -ahh eu peguei, e amassei de tanto cheiro e beijo nele, e vi ela com um sorrisinho nos olhando-
JĂșnior: eu amo vocĂȘ! -beijei mais, eu amo esse garoto- nem tomei cafĂ© ainda, pĂŽ tĂŽ emagrecendo muito -verdade, eu tĂŽ com a alimentação desrregulada velho, sono tambĂ©m, aĂ­ eu emagreço sempre assim-
Luane: ahh pra mim tĂĄ com um corpo legal... -eu sorri pra ela, e continuei brincando com o Gui- 
JĂșnior: mas tenho que comer direito, ultimamente minha vida tem sido traficar, beber e fumar maconha
Luane: vocĂȘ fuma isso? -disse com cara de desdĂ©m- isso fede demais, Ăłbvio que vocĂȘ fuma, Ăłbvio
JĂșnior: fumo, qualquer dia tĂș vai fumar e vai ver como Ă© maneiro, tĂș viaja, sĂł nĂŁo pode misturar por exemplo com outras aĂ­ bate uma onda fortona, que tĂș fica desnorteado, vĂȘ bicho onde nĂŁo tem, mano esses dias eu tava no baile, vi cavalo andando no meio do baile, porque eu fumei um atrĂĄs do outro, ou quando fuma mais de dois assim, a onda bate firmona mermo, Ă© muito bom
Luane: eu aradeço, mas passo, eu jå bebo e é o suficiente pra mim, imagina ver cavalo em casa -riu- meus pais vão achar que eu tÎ é doida, me drogando
JĂșnior: maconha nĂŁo Ă© droga cara, uma erva natural nĂŁo pode te prejudizar nĂŁo tĂĄ maluca...
Luane: sĂł nĂŁo quero, uĂȘ minha opiniĂŁo, ok? Maconha Ă© coisa de gente fraca psicolĂłgicamente que fica procurando alguma coisa pra preencher um vazio interior, eu sou bem resolvida com a minha vida e nĂŁo fumo, posso? 
JĂșnior: tĂĄ dizendo que eu sou fraco cara? que porra de vazio interior o que, homem  tem "vazio" interior nĂŁo porra, eu fumo mermo porque eu gosto e foda-se, sou bem resolvido tambĂ©m filha, e na moral, sou forte psicolĂłgicamente pra caralho, sou foda nessa porra -ela ficou me olhando, e eu falei direto na cara dela-
Luane: vocĂȘ tem problemas pra aceitar criticas, eu posso nĂŁo querer fumar?
JĂșnior: pode tudo, vocĂȘ Ă© a princesa do mundo, dona do Leblon pĂŽ, a doninha da porra toda, vocĂȘ pode atĂ© tambĂ©m deixar de ser chatinha e moralista valeu -debochei e ela me olhou sem entender- 
Luane: se vocĂȘ começar a ser aquele carinha debochado que eu conheci na praia eu vou embora
JĂșnior: tranquilo, vamos esquecer isso, vamos tentar nĂŁo bater boca pelos proximos 5 minutos? -ela riu e  eu acompanhei- a gente diverge mas a gente Ă© legal pra caraca, tĂș Ă© assim mimada mas Ă© maneira, tem um ser humano morando ai que eu sei
Luane: ai ai, eu digo o mesmo de vocĂȘ -empurrou meu peito devagar e eu beijei mais o guigui e coloquei no chĂŁo-
JĂșnior: tio tem que trabalhar senĂŁo nĂŁo come
Luane: tem cafĂ©? 
JĂșnior: mas prefiro chĂĄ, que Ă© pra relaxar e te deixar louca.. -continuei cantando e ela com cara de entediada- 
Luane: pelo amor de Deus, alguĂ©m jĂĄ te disse que vocĂȘ canta mal?
JĂșnior: mas em com pen sação... transo bem -disse baixo e ela revirou os olhos-
Luane: casa bonita heim, vocĂȘ tem um bom gosto, como pode?
JĂșnior: nasci em um lugar que o vaso vale mais do que uma vida garota...
Luane: eu ainda quero cafĂ© -ajudei ela a deixar os equipamentos ali no canto, fiz um cafĂ© rĂĄpido pra ela e ela se serviu, atĂ© que me chamaram no portĂŁo- pode deixar ele aqui tĂĄ, se vocĂȘ tiver que ir, sei lĂĄ.. 
JĂșnior: fica aqui tĂĄ? -eu fui caminhado e quando eu coloco a cabeça pra fora mano, eu ri, nĂŁo pode ser velho. Mais problema nĂŁo- tĂĄ fazendo o que aqui Sabrina?
Sabrina: vim buscar minhas roupas posso? -ela ia entrar eu embarrerei-
JĂșnior: eu pego pra vocĂȘ, fica aĂ­
Sabrina: sério isso? Deixa eu entrar..-ouvimos risadas dos dois lå dentro- quam tå aí é a Rafaella?
Luane: JĂșnior acho que ele quer... -as duas se olharam- bom dia rs -ela me olhou e eu sem saber o que fazer-
Sabrina: quem Ă© essa Neymar jr? Me fala -disse alto -
JĂșnior: vem tranquila, fala baixo 
Sabrina: vocĂȘ Ă© um idiota.. Babaca que enfia essas puta dentro de casa.. -foi me batendo, e eu entrei e a Luane parada-
JĂșnior: tĂĄ louca garota, me deixa -empurrei ela no sofĂĄ- veio pegar tuas coisas, pega e rala
Luane: calma aí, não empurra ela assim não -disse entrando na frente, eu virei e passei a mão na cabeça, olha na terça feira culto de libertação eu tÎ lå firme, sei que ela chorou catando o que era dela, falando que eu batia nela, que num sei o que e o pior eu nem podia estaliar mais porque a mina tå aqui, ela foi embora e eu fechei a porta aliviado- ela é sua namorada? Claro né, é a que o Gui disse
JĂșnior: nunca foi
Luane: vocĂȘ fez aquilo nela?
JĂșnior: obvio que nĂŁo, nĂŁo bato em mulher -cĂ­nico- eu tive um ou dois lances com ela e jĂĄ foi Luane
Luane: nĂŁo me pareceu isso sabia
JĂșnior: vou tomar um banho que eu tenho que ir resolver uns negĂłcio, depois nois troca ideia, fica aĂ­ com ele atĂ© a hora que quiser, depois me liga que eu pego ele, tem mercado aqui embaixo, tĂĄ aqui o dinheiro -deixei ali encima, uma boa quantia, sai cheiroso do banheiro, e vou cortar o cabelo agora, que tĂĄ grande mermo- Gui, tio jĂĄ vem tĂĄ -ele esticou os braços e eu peguei ele no colo e enchi a bochecha dele de beijo, olhei a Luane super familiarizada com o meu sofĂĄ, sĂł de meia- ta em casa jĂĄ nĂ©?
Luane: ah rs -sentou de novo
JĂșnior: tranquilo Luane, a casa Ă© tua se alguĂ©m me chamar diz que eu tĂŽ na boca lĂĄ de cima
Luane: pode deixar -voltou pro telefone- vem Guigui, vocĂȘ gosta de Lucas netto? 
Gui: eu goto de "macaquinho puando na tama" tia -ela pegou ele no colo, e deitaram ali e ela colocou pra ele ver e ficou com outro telefone, ostenta- 
JĂșnior: a bolsa dele tĂĄ ali com fralda...  roupa.. no meu quarto tĂĄ tĂŽ indo -fui no quarto e peguei meu fuzil e ela me olhou assustada, peguei as muniçÔes e ela observando e passei nas costas, a pistola na cintura e rĂĄdinho tambĂ©m, beijei a testa dele-
Luane: de perto isso Ă© tĂŁo grande..
JĂșnior: duro entĂŁo...-ela fechou a cara e eu ri eu saĂ­ de casa e fui fazer meus corres aqui.

Luane "on"
Levantei do sofĂĄ e como jĂĄ sĂŁo quase 12h preciso saber o que tem pra fazer de almoço pro Guigui, quero fazer algo gostoso, olhei a geladeira, tem uns negĂłcios, mas nada que seja gostoso sabe. AtĂ© que o JĂșnior voltou, deu uns beijos no Gui que estava brincando no tapete, achei tĂŁo linda a cena, ele gosta de criança, ele deixou aquela arma enorme ali, e ficou uns minutos no telefone, ele cortou o cabelo, e fez a barba, ficou melhor.
JĂșnior: tĂĄ me olhando muito heim dona, quer o que me olhando assim? -o senso de humor dele, me estressa- tĂĄ me despindo em pensamento? -gargalhou, e eu disfarcei atĂ© porque encarei muito mesmo, mas Ă© que mudou nitĂ­damente-
Luane: vocĂȘ cortou o cabelo, tĂĄ mais apresentĂĄvel, mantĂ©m desse jeito -sorriu pra mim, os olhos automaticamente fecharam-
JĂșnior: notando as minhas mudanças, ahnnn ta vendo
Luane: vocĂȘ sempre foi assim ou fez cursinho, se acha
JĂșnior: se eu nĂŁo me amar madame, num vai ser as burguesa que vai dar valor, e eu tĂŽ me achando gato assim
Luane: gaaato nĂŁo, no minĂ­mo bonitinho
JĂșnior: deixei a barba tambĂ©m tĂĄ vendo? -disse bem perto de mim, que sĂł nĂŁo encostou na minha boca porque eu me afastei- vim sĂł ver se tĂĄ tudo bem com vocĂȘs, se o Gui ta de boa, te obedecendo
Luane: ele é muito de boa, mais do que a minha afilhada até, ele é calminho
JĂșnior: ele Ă© sim, ele deveria tĂĄ na creche, mas eu nĂŁo acordei a tempo pra levar -disse sem graça- visto que estĂĄ todos em segurança, vou ganhar o beco
Luane: vocĂȘ acabou de saĂ­r daqui -falei encarando ele- tem nem 1 hora -continuei ali escorada na porta da cozinha, e ele passou sarrando literalmente em mim- me respeita meu
JĂșnior: Luane, como vocĂȘ conseguiu meu telefone -escorou na pia, olhei de canto, e peguei ele olhando pra minha bunda, que chegou virar a cabeça- hein dona
Luane: a Gabi passou, e para de me chamar de "dona" "doninha" burguesinha.. e esses adjetivos ofensivos, meu nome Ă© Luane 
JĂșnior: a Gabrielle Ă© foda, qualquer dia Ă© alguĂ©m que quer me passar e ela dĂĄ atĂ© o nĂșmero da minha casa, aquela magricela fedorenta, sempre fez isso, metade do morro tem meu nĂșmero por causa dela, feiosa do caralho
Luane: gente... a Gabi Ă© linda! -nĂŁo gostei disso nĂŁo- nĂŁo xinga ela assim nĂŁo -ele me olhou e riu, atĂĄ Ă© irĂŽnia-
JĂșnior: modo de dizer, ela Ă© minha irmĂŁzinha burguesa -gritaram ele- tĂĄ vendo... paz eu nem sei o que Ă© -ele foi atender e eu ouvi uma falação, e cheguei ali perto pra ver o que era, ele estava contando dinheiro, dois bolos na verdade- tem 5 mil aqui? NĂŁo tem lipe, nĂŁo tem carai -contou de novo- esse aqui Ă© do lança, ok e cadĂȘ o da erva mano, tĂĄ faltando, mandei descer 4 mochila com 600 papelote cada um, multiplica 600 por 4, tĂș que Ă© bom de conta -disse estalando o dedo- agiliza mano, aqui Ă© pĂĄ pum, dois mil e... quatrocentos correto?
xx: dois mil e quatrocentos, Ă© isso -disse provavelmente fazendo a conta no celular- mas vendeu duas e meia chefe, tĂĄ certo, o lucro Ă© esse e hoje Ă© dia de semana, o bagulho flui no sabĂĄdo e inico de mĂȘs
JĂșnior: mesmo assim nĂŁo fecha essa conta Lipe, tem dinheiro faltando
Lipe: qual foi dessa mina aĂ­ gerente mandadaa -olhou pra trĂĄs- 
JĂșnior: jĂĄ jĂĄ a gente termina isso aĂ­ Lipe, leva tudo lĂĄ pra cima, manda chamar o Ratinho e o Gil, esse dinheiro vai aparecer, ou alguĂ©m vai perder a mĂŁo
xx: o que desapareceu Ă© da boca do Yuri, o cara tĂĄ no hospital, quem vai dar conta, quem tĂĄ de frente lĂĄ Ă© o bolĂ­via, sabe como Ă© burro e cuidando de 2 boca 
JĂșnior: lĂĄ encima a gente resolve, que tĂŽ com a mina aqui em casa
Lipe: notei fio, o que tĂș tem me diz sheik do inferno
JĂșnior: ela Ă© sĂł conhecida memo -piscou pro cara e fechou o portĂŁo, eu dei uma disfarçada que estava no celular e ele entrou- ouvindo o assunto dos outros doninha
Luane: nem tava Ă© que minha rede pega melhor aqui -menti forte-
JĂșnior: ooh doninha -olhei, acho que Ă© comigo, entrei- esquece o que tĂș ouviu ali tĂĄ, se nĂŁo vou ter que torturar e matar vocĂȘ -fiquei assustada- 
Luane: aĂ­, eu nĂŁo ouvi nada nĂŁo, que torturar o que -ele ficou me olhando, mordeu a boca dele, e eu prendi o cabelo e saĂ­ da frente dele, ele foi seguindo, e pegou o telefone- nĂŁo vai saĂ­r de novo?
JĂșnior: vou sim, esposa -ri alto, e com deboche- tĂŁo achando isso mina, jĂĄ era ta marcada 
Luane: a Ășltima coisa que eu quero Ă© me envolver com isso aqui, olha quero fazer almoço, vocĂȘ vem comer? 
JĂșnior: cuidado com as propostas que tĂș faz, joga um "me"  depois do "vem" nessa frase eu vou heim -ta vendo como ele Ă©-
Luane: eu tĂŽ falando de comida, vocĂȘ vem almoçar, nĂŁo tem descanço nĂŁo, fica vendendo isso atĂ© que horas?
JĂșnior: nĂŁo para, e nĂŁo venho hoje, mas a minha irmĂŁ sim, daqui a pouco ela chega da praia, vocĂȘ tambĂ©m nĂ©? 
Luane: sim, minhas refeiçÔes são regradas
JĂșnior: agora eu entendi o corpo definidinho hein novinha, toda fit, toda boa, toda gostosa... 
Luane: falando como se eu fosse um pedaço de carne, credo
JĂșnior: nem vou discutir contigo nĂŁo
Luane: seu olho tĂĄ roxo? -ele afirmou- andou brigando agora? achei que chegava e matava, bandido faz isso nĂ©? irritou "bum" jĂĄ apaga a pessoa
JĂșnior: eu nunca matei ninguĂ©m nĂŁo Luane, nĂŁo sei quando eu troco com a polĂ­cia, aĂ­ filha, talvez tenha acontecido e eu nĂŁo sei, e nĂŁo Ă© assim sempre nĂŁo pra matar tem que ter roubado, ou tĂĄ devendo ou mexer com criança -disse contando no dedo- sĂł isso que mata
Luane: ahh sĂł! Simples assim
JĂșnior: simples assim, mas isso aqui foi com o coiote, a gente discutiu e fluiu porrada, mas perdoo ele Ă© meu brotherzĂŁo de tudo
Luane: mas ele te acertou feio aĂ­, quer gelo? 
JĂșnior: nĂŁo, daqui a pouco melhora -chamaram de novo ele-
Luane: nĂŁo te deixam em paz mesmo, real, oficial
JĂșnior: Ă© muita coisa que eu tenho que fazer madame, tĂŽ indo tĂĄ, faz o que tĂș achar melhor -pegou tudo ali e saiu com o menino que me trouxe mais cedo, a chave estava na porta, entĂŁo eu vou no mercado, Ă© o jeito, peguei o Gui, e o dinheiro, quando eu contei tinha quase 3 mil reais, peguei R$600,00 sĂł e vi que tinha um chinelo feminino ali, do meu tamanho, usei porque tĂŽ de tĂȘnis, eu fui perguntando, o medo de me perder Ă© grande mas fui, atĂ© que cheguei no mercado, peguei o carrinho, fui escolhendo as coisas, peguei refri, porque sĂł vi cerveja na geladeira, jĂĄ na fila tinha um moço que o Guigui começou a chorar querendo o senhor, deve conhece-lo-
Gui: quelo vovĂŽ...-se jogou no chĂŁo- vovĂŽ "aldoo" -ele olhou pro Gui- vovĂŽ "aldoo"
Luane: o senhor Ă© avĂŽ dele? -quando ele virou, fiquei tonta com a baforada que eu levei, alcool puro, se riscar fosforo explode o mercado e favela junto-
Xx: sim -pegou o Gui que parou, vi que eles estava comprando cachaça, eita, entendi- cadĂȘ seu pai Guilherme?
Gui: nĂŁo "xei" vovĂŽ, eu mimi na casa do padinho, o tio Junino
Luane: Qual o nome do senhor? 
Xx: meu nome Ă© Valdo dona, sabe o que aconteceu com o coiote, o pai dele?
Luane: ''coiote"? É gente? -ele esticou os braços pra voltar pra mim, eu peguei- ele tĂĄ no hospital parece -ele pagou o negĂłcio dele- 
Valdo: meu filho tĂĄ no hospital? -o Gui deitou no meu ombro e eu ninei ele- vou lĂĄ na casa da Priscilla -saiu dali esquisito, meio de lado, e eu fiquei sem entender, tĂĄ eu arrumei histĂłria de fazer compras com criança, cheia de bolsas voltei, as pessoas que passavam ali tudo mexiam com ele "fala Guigui" "coĂ© coiotizinho" tipo? atĂ© que parou um garoto de moto, me assustei, parei na hora- 
Xx: coé guigui... -bateu na mão dele- aí tia quer ajuda?
Luane: nĂŁo -disse baixo, tia?-
Xx: quer andar de moto Guigui? Vem com tio vem...
Luane: ele tĂĄ sob minha responsabilidade menino, eu nem sei quem Ă© vocĂȘ -ele parou de brincar com o Guilherme-
Xx: tia, o pai dele Ă© cria daqui, todo mundo conhece o Gui cara -riu-
Luane: preciso subir, tĂĄ
Xx: calma aí, segura a emoção tia, te levo lå råpido sobe aí, tå tranquilo tia
Luane: nĂŁo precisa
Xx: não vou fazer nada contigo não, sou mototaxi tia, confia, conheço todo mundo aqui, papo de cria, pode subir sem medo -ele é um menino meeesmo assim, cara de 16 anos no maximo- tå com o menorzinho do coiote aí, a casa dele é lå encima, meu nome é João Vitor, pode me chamar de Jv
Luane: eu quero sim "JV" -ele sorriu, e foi me ajudando, sei que eu consegui chegar na casa do JĂșnior- nĂŁo tĂŽ na casa do... Como Ă© mesmo o nome do garoto? fiote... filhote -ele riu foi da minha cara-
Jv: yuri tia, ou coiote, ele Ă© muito maneiro
Luane: eu tĂŽ naquela casa ali -subiu mais um pouco com a moto- 
Jv: ih alå, tå na casa do gerente? Entendi tudo, tå com ele né? -descemos-
Luane: quem eu? Ahh nĂŁo mesmo, vim sĂł tomar conta do afilhado dele
Jv: ele é parça do coiote só då os dois no morro aí tia, porque num disse, te trazia de carruagem -eu abri o portão- ele só cola com princesa aí, papo reto -colocou as bolsas na sala pra mim- qualquer coisa mina, só gritar valeu, ou se precisar descer liga -me deu um flayer- tranquilidade? -afirmei, as pessoas são solicitas né? ele passou a mão no cabelo do Gui- valeu meu mano gui...-bateu na mão dele- é meu fechamento ele, depois bora jogar uma bola na pracinha comigo valeu
Gui: jv... "quelo" gogar bola
Luane: tem praça aqui? Onde?
Jv: xiii Ă© longe, vocĂȘ... -vira ali, vira aqui e passa uns cinco beco, aah aĂ­ vocĂȘ volta, atravessa a ponte, que Ă© de madeira, e vira noventa e duas ruas e chega no inferno, bom foi o que eu ouvi e entendi- Ă© lĂĄ, tendeu?
Luane: prefiro ficar aqui, mesmo -nĂŁo irei saber voltar, ou se quer chegar lĂĄ- obrigado viu Jv -ia dar um dinheiro pra ele, mas negou- 
Jv: precisa nĂŁo tia, trouxe de carona, aqui a gente se ajuda
Luane: tem certeza?
Jv: sim, tchau gente -disse saindo, cantando um funk, e eu tranquei a porta, custume mesmo, até em casa eu faço isso, e fui fazer uma carne assada no forno, com arroz fresquinho e uma saladinha toopzera.

JĂșnior on
Chega a notícia que tem um cara lå na entrada do morro querendo falar comigo, então eu mandei subir escoltado e depois de ter sido revistado até não poder mais.
TeagĂĄ: Fala firmĂŁo, tĂĄ aĂ­ o homem -olhei e era um cara branco, mal encarado, mas fiquei de pĂ© pra receber- qualquer coisa, sĂł acionar 
JĂșnior: quem Ă© o senhor?
Xx: sou o pai da Sabrina, conhece ela?
JĂșnior: Sabrina? nĂŁo conheço... -a Sabrina nĂŁo conhece o pai, foi o que ela me disse- pai?
Xx: nĂŁo me interessa se vocĂȘ Ă© traficante, rĂĄdinho, ou o gerente do morro, minha filha tĂĄ grĂĄvida, e ela me garantiu que vocĂȘ Ă© o pai
JĂșnior: Sabrina grĂĄvida? Eu lĂĄ sei quem Ă© essa doutor
Xx: sabe sim, vocĂȘ espancou ela, perdi as contas de quantas vezes vocĂȘ relou a mĂŁo na minha filha, mas acabou, se ela estiver grĂĄvida de vocĂȘ vai assumir o filho
JĂșnior: sabe com quem vocĂȘ tĂĄ falando? -cheguei perto dele- baixa a tua bola velho, a Sabrina nĂŁo tem pai nenhum pra vir cobrar de mim, quem Ă© vocĂȘ, ou o senhor nĂŁo vai saĂ­r daqui nĂŁo senhor
Xx: eu sou o pai da Sabrina e jĂĄ te disse isso
JĂșnior: ela tĂĄ grĂĄvida? O filho nĂŁo Ă© meu, beleza? Se apresenta, fala teu nome -ele me mostrou a identificação, o cara Ă© Major do exercĂ­to, MAJOR caralho- Major? -eu ri- sobe e mete bronca assim, senhor Elias Naspolli Bragança -guardei no meu bolso- desafiando a morte?
Elias: se vocĂȘ fizer alguma coisa comigo, tem gente avisada, nĂŁo sei qual foi a mentira que a Sabrina te contou, mas ela tem pai, que zela por ela e pelo irmĂŁo, a Sabrina Ă© muito bem criada, estudada e virou a cabeça assim que te conheceu, mas assim que eu soube que vocĂȘ espancou ela, nĂŁo pensei duas vezes, ou vocĂȘ assume o filho, ou amanhĂŁ mesmo essa favela vai ter o seu corpo estirado na entrada dele
JĂșnior: o filho nĂŁo Ă© meu doutor, e sempre usei camisinha com ela, nĂŁo tive relacionamento com a sua filha, ela vinha quando eu pedia, eu comia ela e ela metia o pĂ© -ele veio pra perto-
Elias: olha aqui moleque, tĂĄ falando com um homem, ela vai estar na sua casa daqui a pouquinho, e vocĂȘ ira recebe-la
JĂșnior: se quiser saĂ­r vivo, vai embora agora, se a sua filha aparecer na minha casa, vai tomar outra surra, e outra.. e outra...-ele sorriu, e se aproximou da porta- 
Elias: Agora eu sei teu rosto, nĂŁo esquece disso -bateu a porta, e eu avisei no rĂĄdio assim que esse homem colocasse o pĂ© fora do morro, era pra colocar barricada, conteção, tudo que Ă© segurança, e que nĂŁo pode subir mais nesse morro nĂŁo, aviso dado, tem uma missĂŁo lĂĄ embaixo, entĂŁo desci e fui resolver, e depois eu passei em casa, entrei devagar, o Gui estava cantando a mĂșsiquinha do bob esponja, e eu cantei com ele e a Luane veio caminhando, que cheiro bom.
Luane que susto, a porta estava trancada -balancei a chave no meu pescoço- vem ver se tĂĄ boa? -fui caminhando e parei atrĂĄs dela que saiu, e eu ri comigo- vai tomar um tapa na cara se encostar em mim de novo assim 
JĂșnior: quanto mais me bate mais eu me apaixono madame, que isso heim -abri a tampa da panela- deu atĂ© vontade de almoçar em casa hoje
Luane: acho que ficou bom -espetou no garfo e me deu na boca, eu aprovei- ta dizendo isso sĂł pra me agradar, falso toda vida
JĂșnior: tĂĄ uma delĂ­cia pĂŽ, sem mentira nenhuma -eu fiquei pensando se isso for verdade, se eu for ter um filho?- VocĂȘ num ia embora logo, que num sei o que?
Luane: meu rolĂȘ foi cancelado, fico aqui atĂ© umas sete hoas da noite -disse mexendo a panela e apagou- tĂĄ pronto! 
JĂșnior: coloca pra mim aĂ­ esposa
Luane: se vocĂȘ ficar de deboche com a minha cara, nĂŁo
JĂșnior: de boa, madame coloca pra mim aĂ­ por favor -ela ainda sĂ©ria, voltei pra sala, e ele estava sentado vendo, e eu viajei ali vendo tambĂ©m, mo saudade do Yuri que bateu, serĂĄ que esse fdp tĂĄ bem? Fiquei pensativo tristĂŁo, fui pro quarto, e deitei na cama e fiquei mexendo no celular com ele no carregador, e como a porta tĂĄ aberta, ouvi uma movimentação na sala, era a Rafaella chegando com a Gabrielle  e a Ana, que sorriu largo pra mim, eu retribuĂ­, ela me abraçou de lado, a Luane veio caminhando da cozinha com um prato na mĂŁo, eu parado na porta-
Gabi: Luane? VocĂȘ aqui? -disse muito surpresa-
Luane: pois Ă©, tĂŽ tomando conta do Guigui -a Ana olhou ela de cima embaixo- vem papĂĄ Gui -ele foi na hora, e ela sentou con ele e ficou dando na boca dele- 
Rafaella: nem apresenta a menina JĂșnior? -eu ia entrar na histĂłria de um jeito ou de outro-
JĂșnior: PĂŽ, essa Ă© a Luane, que eu conheci na praia outro dia, e ela Ă© a Rafaella minha irmĂŁ
Luane: prazer viu Rafaella -sorriu simpĂĄtica-
Rafaella: todo meu, que cheiro bom, tem comida de verdade nessa casa? 
Gabi: ahh vou comer 
Ana: eu tĂŽ indo gente, boa tarde
Rafaella: vocĂȘ pode vindo comer tambĂ©m tĂĄ, conhece ela JĂș? 
JĂșnior: sim, muito
Rafaella: sĂ©rio, afz -revirou os olhos e fui segurando a mĂŁo da Ana que soltou olhando pra trĂĄs- 
Ana: depois eu falo contigo Rafaella... -ela entrou no quarto comigo, e eu bati a porta trancando a mesma- tempo que eu nĂŁo vejo vocĂȘ, soube da sua briga com o teu amigo, se socaram, depois atropelou ele
JĂșnior: foi um acidente -disse dechavando a erva- tĂŽ sem companhia pra fumar, fuma um aĂ­ comigo? -olha como aquele magriecelo faz falta-
Ana: mas e o bebĂȘ na sala?
JĂșnior: ele nĂŁo vem aqui nĂŁo
Ana: entendi -disse se acomodando e eu enrolei rapido, e tĂŽ sem isqueiro puta que pariu- cadĂȘ o isqueiro?
JĂșnior: vou buscar, antes me dĂĄ um beijinho vem cĂĄ -disse puxando ela que sorriu entre os beijos- de biquĂ­ni? -eu sorri e desamarrei- sabendo que ia vir pra minha casa? ta doida vocĂȘ
Ana: pensei que ia tå lå encima né -suguei eles e deixei uns beijos também- que delícia!!
JĂșnior: deita aĂ­ vai -jĂĄ fui deitando por cima dela, beijando a boca e o pescoço, jĂĄ excitado pra caralho, tirei o short e ela virou por cima de mim e rebolou por ali, enquanto me beijava
Ana: cade a camisinha? -eu virei e procurei na carteira, na gaveta e nada e subi a calça- 
JĂșnior: acabou -eu disse rindo- mas nĂŁo tem problema nĂŁo... 
Ana: tem sim, sem camisinha nĂŁo vai rolar nĂŁo -disse colocando o short de volta, e eu abotoeei a calça- 
JĂșnior: verĂ­dico isso? Vai me deixar na mĂŁo? 
Ana: eu sou doida mas nem tanto, e preservo minha saĂșde -se olhou no espelho e ajeitou o biquinĂ­ e me selou mas empurrei ela devagar- que isso? SĂł porque eu nĂŁo quis?
JĂșnior: tranquilo, pode se adiantar... Vai -abri a porta e ela saiu, e foi pra cozinha sĂ©ria, e eu fui peguei o isqueiro, estavam todas fofocando e falando de macho bonito- que papo Ă© esse de macho aĂ­ Rafaella?
Rafaella: estamos falando de série, e dos atores gatos que fazem elas né
JĂșnior: entendi -acendi e apaguei o isqueiro rĂĄpido- coĂȘ Gabi, quer queimar uma ponta comigo nĂŁo?
Gabi: agora?
JĂșnior: a hora Ă© essa, ta de roupa jĂĄ sĂł acender -ela levantou e a Ana me olhando com cara de bolada- que foi garota? Ta de cu doce -disse marrento-
Ana: nada, tĂŽ sĂł te olhando
JĂșnior: perdeu a oportunidade
Ana: sem arrependimentos
JĂșnior: visĂŁo pĂŽ, segura o Gui aĂ­, deixa ele ir no quarto nĂŁo, vou fumar -continuei brincando de acender e apagar o isqueiro e me tranquei lĂĄ com a Gabi, e fumamos-
Gabi: a Luane aqui? Milagre Ă© esse
JĂșnior: longa histĂłria feia
Gabi: longa nada, que passa?
JĂșnior: no momento sĂł pensamento memo -deitei lĂĄ no canto e soltei a fumaça- saudade do coiote, da minha vida em sampa.. -fumei de novo-
Gabi: Ă© "da boca" o que deu em vocĂȘ e o Yuri -contei tudo pra ela, que me tirou como errado do bagulho- tĂĄ errado sim
JĂșnior: ah Gabrielle, foda-se vocĂȘ e a sua opiniĂŁo de bosta, o cara gritou na quebrada que eu era mĂŽ cheirador do caralho, por causa de um puto? daquele vacilĂŁo -acendi outro-
Gabi: Ă© sangue, mexem com a Rafinha tu faz o que?
JĂșnior: aĂ­ Ă© outra coisa
Gabi: dois marmanjo, se batendo igual dois otĂĄrio
JĂșnior: pior, ficou ruim pros dois -rimos
Gabi: e a sassa viado? JĂĄ foi mermo?
JĂșnior: pelo jeito nĂŁo -sentei de novo- e pior, o pai que ela disse que nĂŁo tinha veio aĂ­ falar comigo, major, cara foda, agora tu vĂȘ, a mina Ă© de famĂ­lia Gabrielle, com pai mĂŁe e irmĂŁo sei lĂĄ, disse que morava com amiga, velho se eu vejo ela, vai tomar uns esculacho pra aprender
Gabi: ela me disse que estĂĄ grĂĄvida de vocĂȘ
JĂșnior: de mim nĂŁo, eu tomo... anticoncepcional, meu nĂŁo Ă©
Gabi: rĂ­diculo -tacou o travesseiro em mim- vou lĂĄ ficar com as meninas, vai fumar mais? 
JĂșnioe: ah sei lĂĄ sabe, acho que eu vou visitar o coiote
Gabi: faz isso, pede desculpas
JĂșnior: vou pensar se vou tambĂ©m
Gabi: orgulhoso, vai logo -subiu na cama e deitou comigo, e ficamos assim um tempo, ela fazendo carinho na minha barba- eu te amo tĂĄ, vocĂȘ tĂĄ com um olhar triste -me apertou no abraço, e eu olhei pra ela- Ă© sĂł saudade do Yuri mesmo?
JĂșnior: Ă© tudo tĂĄ ligado? -bufei, caralho nĂŁo vou chorar- vai lĂĄ...
Gabi: tĂĄ com os olhos marejados... Ahh amigo para -disse me apertando- fala cara... o que foi? -continuei quieto- Juninho, tĂŽ aqui  pra te escutar, e dar esporro igual no bagulho do assalto, me fala o que vocĂȘ ta sentindo...-empurrou meu peito e eu olhei pra ela- 
JĂșnior: nada cara, chata pra caraca -limpei os olhos e sentei- vai lĂĄ me deixa aqui com a vida que eu arrumei pra mim
Gabi: vou ficar aqui atĂ© vocĂȘ me dizer o que tirou esse sorriso lindo de vocĂȘ -deitou no meu ombro e eu estava de cabeça baixa, e nĂŁo aguentei, desceu a primeira, segunda, terceira... ela me abraçou, e eu senti conforto sabe- mano o que tĂĄ acontecendo com vocĂȘ -limpou as minhas lĂĄgrimas e a dela-
JĂșnior: e se eu for pai mesmo Gabi, Ă© com uma mina que eu nem gosto ta ligado, atĂĄ fico, mas num Ă© futuro que eu quero com ela saca -limpei o rosto- e... eu tĂŽ angustiado mano, nĂŁo sei... tĂŽ com saudade de casa, dos meus pais
Gabi: volta, vou morrer de saudade, mas qualquer dia eu apareço lĂĄ, quando eu virar uma modelo famosa -eu ri fraco- na verdade eu quero ser veterinĂĄria 
JĂșnior: vocĂȘ serĂĄ gabizinha -ela limpou meu rosto e me abraçou de novo- ainda bem que eu tenho vocĂȘ se nĂŁo ia surtar mano
Gabi: fica bem, eu te amo, vocĂȘ e o coiote vĂŁo se acertar, vocĂȘ e a Sabrina vĂŁo ficar numa boa com esse bebĂȘ aĂ­ tambĂ©m
JĂșnior: tenho que trabalhar pequena
Gabi: vai ver o Yuri, eu vou contigo, na hora que tĂș disser que vai 
JĂșnior: se eu for te aviso -ela levantou e abriu a porta, eu permaneci ali, pensando, curti minha onda sozinho-
Luane: sĂł vocĂȘ nĂŁo comeu -disse parada na porta-
JĂșnior: tĂŽ indo jĂĄ Luane
Luane: milagre ele disse meu nome 
JĂșnior: entra aĂ­ cara, fecha a porta que eu nĂŁo gosto dela aberta nĂŁo -ela fez o que eu pedi e sentou do meu lado- 
Luane: meus pais me disseram que quer conversar sério comigo
JĂșnior: ihh menina foge de assunto de famĂ­lia, ou Ă© bronca ou Ă©... bronca 
Luane: eu atualmente moro com eles entĂŁo de um jeito ou de outro saberei
JĂșnior: mora com eles? 
Luane: sim, eu me separei tem uns dois meses, morava com uma pessoa, e ele me traiu com a minha amiga, entĂŁo deixei tudo e fui morar com eles
JĂșnior: vacilĂŁo heim, uma mina igual vocĂȘ ta louco ele
Luane: tĂĄ com os olhos vermelhos, estava chorando?
JĂșnior: nĂŁo, Ă© que eu fumei um baseado e fica assim -prefiro dizer isso-
Luane: vocĂȘ Ă© pra frente nĂ©? Fala tudo assim direto 
JĂșnior: melhor assim nĂ© doninha
Luane: aĂ­ Deus... Doninha -ela apoiou na minha perna rindo- Ă© vocĂȘ? Na disney? -disse pegando a foto que estava ali- vocĂȘ foi na disney cara? -disse me mostrando a minha propria foto-
JĂșnior: sim, jĂĄ fui pra disney
Luane: legal -pegando as outras- mano, isso aqui eu conheço, Sagrada FamĂ­lia... Amoo Barcelona -eu amei tambĂ©m- como vocĂȘ foi nesses lugares?
JĂșnior: de aviĂŁo...
Luane: isso eu sei claro, com que dinheiro, nĂŁo vai me dizer que traficar faz isso tudo? Barcelona, Orlando, temos ali, Paris... -essa foi recente, fui acompanhando a Rafaella, passamos Natal lĂĄ juntos, porque a minha mĂŁe implorou, meu pai tem uma filial lĂĄ- 
JĂșnior: menina, deixa minhas recordaçÔes aĂ­ vai no cantinho delas -tirei da mĂŁo dela e coloquei no lugar-
Luane: me fala de vocĂȘ vai -empurrou meu ombro- vocĂȘ deve ter alguma coisa pra contar alĂ©m de me amendrontar com esse olhar que fuzila a gente -eu olhei pra ela de canto- vai... faz meu tempo passar um pouco 
JĂșnior: no dia que a gente for intimo, quem sabe assim eu te conto um pouco valeu
Luane: ta bom, perdi o interesse tambĂ©m viu -levantei junto com ela e ficamos de frente um pro outro, e ela me olhando fundo, encarando mesmo, e desviou pra minha boca e eu fiz o mesmo, e saĂ­ do transe, a gente quase se beijou agora, a cabeça chegou inclinar, e o corpo ir se aproximando, mas com ela nĂŁo rola nada nĂŁo, me afastei e virei a cabeça disfarçando e deixando o clima esvair- bom... vocĂȘ vai..  -todo lugar que iamos, esbarravamos um no outro- 
JĂșnior: ihhh isso Ă© bom sinal sabia? Um sinal divino -falei sĂ©rio, eu acredito nessa paradas de que "Deus nĂŁo une vidas, une propĂłsitos" se ela tĂĄ aqui Ă© porque tem que estar saca-
Luane: sĂ©rio, vocĂȘ acredita nessas coisas? 
JĂșnior: que coisas?
Luane: "sinais divinos" e Deus? 
JĂșnior: e vocĂȘ nĂŁo? -passei por ela, e saĂ­ direto pro batente, haja disposição, atĂ© agora eu nĂŁo vi Sabrina, nem o pai, o morro ta calmo, tĂĄ fluiindo, vendendo bem pra uma quarta, e espero que continue assim, bateu um bagulho na mente e decidi que ia ver Yuri, e desci avisei que ia ver o coiote, e deixei o Cabelinho lĂĄ, ele tĂĄ gostando disso. (...) fui sozinho de moto, dei meu nome, e entrei jĂĄ sei onde tĂĄ a sala dele, vi ele sentado na maca, mexendo no telefone, ĂĄs vezes ouvia algum aĂșdio, vim mas perdi a coragem, mano que se foda eu entrei, ele me olhou, as outras macas estĂŁo vazias- e aĂ­ meu sombra -ele continuou mexendo no telefone- yuri, eu errei mesmo, mas vocĂȘ começou
Yuri: nĂŁo quero falar contigo ainda, me esquece cara
JĂșnior: gastei uma grana de gasolina, e vocĂȘ vai falar comigo sim
Yuri: Juninho, por favor, nem andar eu posso por causa de vocĂȘ
JĂșnior: vou te dar o papo reto de homem pra homem
Yuri: eu tĂŽ aqui cade o outro homem que eu nĂŁo tĂŽ vendo
JĂșnior: deixa de ser babaca, eu sei que tĂș Ă© trouxa mas vai ouvir, isso tudo nĂŁo valeu a pena, pelo menos nĂŁo pra mim, vocĂȘ pode ficar bolado, nĂŁo querer falar mais comigo, aceito, mas vocĂȘ Ă© como um irmĂŁo pra mim, e vocĂȘ broncou comigo primeiro -ele abaixou a cabeça-
Yuri: Ă© fiz merda mermo -me olhou- mas pensa comigo, se fosse alguĂ©m da tua famĂ­lia? O Mabel Ă© largado, ninguĂ©m liga pro cara, minha tia deixou de mĂŁo depois que ele entrou pra vida, vocĂȘ nĂŁo entende isso, e nunca vai entender, se eu nĂŁo entrar no caĂŽ dele ninguĂ©m entra bro
JĂșnior: eu nĂŁo gosto dele, e bateria milhĂ”es de vezes mais, porque ele me acusou no meio de geral Yuri, e ele mete bronca e nĂŁo sustenta os qq dele nĂŁo
Yuri: vocĂȘ... tambĂ©m porra, Ă© meu irmĂŁozinho seu viadinho do caralho, mas tinha que bater no muleque daquele jeito Juninho, sabe que... eu falei coisa que nĂŁo devia ter dito, mas doeu mais em mim do que em tu eu dizer uns bagulho que a gente viveu no particular, eu sei da tua luta com isso, e fui cuzĂŁo de gritar isso no meio de todo mundo
JĂșnior: tĂŽ morrendo de saudade de tĂș filha da puta -ele riu, e eu fiz o mesmo- 
Yuri: nem fala, ainn droga -abaixei a cabeça- subiu raiva, me senti traĂ­do na moral 
JĂșnior: eu nem entendi a tua, mas famĂ­lia Ă© famĂ­lia bandido -ele levantou e esticou a mĂŁo pra mim, o abraço foi apertado
Yuri: me perdoa Juninho, tĂŽ arrependidĂŁo de ter falado merda atrĂĄs de merda, e.. ter te ofendido foi cruel pra mim 
JĂșnior: tĂĄ esquecido? 
Yuri: aham, mas tĂș tĂĄ ruim que eu tĂŽ vendo daqui, arrumou um que troca firme -soltei ele-
JĂșnior: ta falando o que? Teu esquedo tĂĄ a mesma coisa que o meu direito, ficou ruĂ­m pra tĂș 
Yuri: meu moleque? Ta aonde?
JĂșnior: em casa, ta cheio de mulher lĂĄ pra tomar conta dele, a Ana, a Rafaella... a burguesinha -disse contando nos dedos- deixei o menino tipo sheik no bagulho
Yuri: cuida dele pra mim, sĂł saio daqui amanhĂŁ viado, foi me atropelar e quebrar minha perna ta vendo
JĂșnior: foi o ratinho, eu disse se eu pudesse passava por cima desse cara, que num sei o que e tal, o cara levou pro coração sombra, disse da boca pra fora
Yuri:  eu tĂŽ a trinta e poucas horas sem fumar um beck tem noção? 
JĂșnior: se quiser, banheiro Ă© nĂłis 
Yuri: ta maluco? Quero -a gente fumou maconha no banheiro do hospital, tem noção da doideira que Ă© nois, fumamos tres de uma vez cada um, sem rolar pra ninguem porque sĂł tinha a gente ali, essa onda vai matar a gente, a enfermeira chamou e a gente saiu rindo pra caralho da cara dela, mas rindo de chorar- quem me chamou? -disse cantando- 
Enfermeira: eu peço que não fumem dentro deste local, ou serão retirados deste setor
JĂșnior: fumar? Fumar o que senhora depende do seu ponto de vista -beijei a bochecha dela-
Yuri: se vocĂȘ pudesse pegaria uma ĂĄgua pra mim? com toda gentileza?
Enfermeira: vou pegar sim -imitei ela andando, e parei na porta rindo e olhei pra ele- 
Yuri: se eu morrer morro feliz, tĂș fez parte da minha vida ta ligado?
JĂșnior: tĂĄ proĂ­bido de morrer nessa porra -sentei no chĂŁo-
Yuri: me deixou na onda legal
JĂșnior: se liga, tĂĄ ouvindo a mĂșsica?
Yuri: que mĂșsica? -tĂĄ tocando sim-
JĂșnior: shiii, escuta sĂł
Yuri: aumenta, ainn droga -eu ri- 
JĂșnior: me deixe viver ou viva comigo, me mande embora ou me faça de abrigo... California dreams com uma dream girl mas nĂŁo sou gringo, camisa suada estampa de flamingo.... Flamingo
Yuri: flamingo... Fla... Min..go 
JĂșnior: calma aĂ­, fla ok depois min e agora go, agora... AGORA!
Yuri: que cheiro Ă© esse? Eu tĂŽ no hospital? Porque eu tĂŽ no hospital?
JĂșnior: sim, vocĂȘ foi atropelado por um aviĂŁo.. do cĂ©u, que matou vocĂȘ -parece que tem gente me olhando-
Yuri: verdade... eu morri 
JĂșnior: eu posso ver vocĂȘ morto? -a mulher voltou- ei...-ela virou, ele bebeu ĂĄgua fazendo bolhas- ele morreu?
Enfermeira: acho que nĂŁo!
Yuri: morri sim, nĂŁo sinto meus cabelos, vocĂȘ tem umas bochechas lindas -apertou a bochecha da mulher e eu mano ri muito, que isso caralho-
Enfermeira: eu nĂŁo acredito que usaram entorpecente dentro do hospital
Yuri: vocĂȘ parece um cliclete, tem cheiro de chliclete e... fala como um chiclete tambĂ©m 
JĂșnior: ou coiote, ela virou um monte de pena, que... era da galinha que eu trouxe pro almoço -ela passou por cima de mim olhando a gente esquisito-
Yuri: almoço? esqueci de pegar o Guilherme pro almoço -pegou o telefone e ficou falando com a Pri, alto e desligou- ela disse que eu tĂŽ doido Juninhoo -eu gargalhei, e ele junto- doido eu? 
JĂșnior: pera aĂ­ mudou -levantei do chĂŁo- trocaram porque? Logo na parte boa -eu fiquei ouvindo a mĂșsica e cantando, cantando... que onda Ă© essa, eu nĂŁo tĂŽ sentindo nada do meu corpo, nem perna,  nem braço, deitei numa maca daquela ali (...) A garganta seca, sentei e passei a mĂŁo no rosto, olhei e vi a Pri, segurando a mĂŁo do Yuri, eu dormi no hospital, sĂŁo que horas, que fome, larica mermo.
Pri: acordou o princeso -veio na minha direção e tomei uns tapĂŁo- eu nĂŁo acredito que vocĂȘ deu maconha pro Yuri dentro do hospital
JĂșnio: eehh eu dei -disse orgulhoso e tomei outro nas costas- ai, ai, ai Pri pegou firme, o que eu tĂŽ fazendo aqui ainda?
Pri: coma, apagou do nada ninguem conseguiu te acordar, os dois apagaram aĂ­ cheguei estavam igual uns... olha vou te dizer vai pra casa antes que dĂȘ merda pra vocĂȘs dois 
JĂșnior: mano, sĂ©rio, teu marido Ă© foda mermo -disse rindo e ela sĂ©ria- a gente voltou a se falar
Pri: Ă© jĂĄ sei.. JĂĄ sei... -disse com voz de mongol- 
JĂșnior: ta dormindo ele? 
Pri: tĂĄ, amanhĂŁ a gente vai embora, a menina que tava com o Gui estava te procurando
JĂșnior: a burguesa cara -olhei e sĂŁo nove horas da noite, dei um tapa na perna boa do Yuri, que ele acordou na hora e se encolheu, e me chutou com a perna boa
Yuri: viado filho da puta, bate na tua mĂŁe 
JĂșnior: te avisar que eu tĂŽ indo 
Yuri: logo menos to no morro de novo, aĂ­ valeu por hoje, onda mĂĄxima 
Pri: onda mĂĄxima, onda mĂĄxina... dois imbecis, tava bom quando estavam um com cara de cu pro outro
Yuri: tava nada, chorei muito 
JĂșnior: muito mocinha, sĂł falta me dar nessa porra
Yuri: rala daqui, anda.. Rala -fui pra porta- ai te amo 
JĂșnior: te amo seu cuzĂŁo 
Yuri: vai chupar um canavial de rola, vai... -dei dedo do meio pra ele e voltei felizão, entrei em casa comendo até as panelas, a burquesinha ainda tå aqui.
JĂșnior: menina, tĂĄ tarde pra caramba cara pode ir embora 
Luane: queria que vocĂȘ me levasse, se fosse possĂ­vel
JĂșnior: tem como, marca sĂł um 10
Luane: onde vocĂȘ estava?
JĂșnior: fui ver o meu amigo no hospital -disse empolgado-
Luane: ahh que bom, o Gui foi na praça com a Rafaella e a Ana né a sua peguete -disse sentando-
JĂșnior: ih!
Luane: se trancaram lĂĄ, e demoraram a beça -olhou as unhas- 
JĂșnioe: ela nem quis nada, que eu tĂŽ sem camisinha aĂ­ -teminei de beber o refri- pronto...
Luane: ela pensa, olhaa
JĂșnioe: me fala tĂș, o bagulho fluindo, os dois querendo, sem camisinha tu num ia nĂŁo?
Luane: eu sempre tenho alguma na bolsa
JĂșnior: pega essa modernidade, mulher livrezinha -levantei colocando o prato na pia e lavei- se ajeita que a gente jĂĄ vai
Luane: ok, foi bom passar o dia aqui, as pessoas sĂŁo mais calorosas, a mĂŁe do Gui esteve aqui, ela Ă© super alto astral, brincando com gente falando um monte de coisas
JĂșnior: ahh a Pri, Ă© doida nesse pique
Luane: vieram uma penca de boy te chamar aqui, vocĂȘ desapareceu
JĂșnior: aparecei de novo -fui pro banheiro, mijei e escovei o dente e voltei ela estava tirando foto e sorriu quando eu parei atrĂĄs e ela tirou comigo- somos um casal bonito aĂ­ -ela negou-
Luane: não acho, e casal não nos cabe né querido, sou muito bem criada... e... -beijei ela assim que virou, segurei na cintura dela, e enfiei a outra mão por dentro do cablo, e finalizei puxando o låbio inferior dela que me soltou sem ar-
JĂșnior: agora vocĂȘ ficou com um traficante
Luane: vocĂȘ nĂŁo tinha o direito de me beijar assim sem...-foi se aproximando de novo e beijei de novo, com pegada ta ligado, que beijo de favela Ă© gostoso mesmo e ela precisa saber disso-  uh..vocĂȘ beija bem heim -eu sorri e selei ela- 
JĂșnior: Ă© assim que a gente faz morena, agora se cuida tĂĄ
Luane: porque? 
JĂșnior: logo menos tĂĄ apaixonada aĂ­, nĂŁo sou de ninguĂ©m nĂŁo, tĂĄ avisada 
Luane: e se eu te disser que... -foi subindo os olhos até encontar meus olhos- talvez... não se apegar seja a minha também
JĂșnior: burguesa... ta mexendo com o que nĂŁo sabe -ela mordeu a ponta da minha orelha devagar.. e beijou um pouquinho embaixo, tĂŽ arrepiando caralhoo- 
Luane: vocĂȘ disse que ia me levar -disse baixo no meu ouvido- vamos? -se afastou e eu sorri-
JĂșnior: quer ir mesmo?
Luane: tenho que ir JĂșnior -disse pegando o que Ă© dela e ouvi esmurrrar o portĂŁo, esse povo com encosto de Leandro que porra, ela abriu o portĂŁo, e eu fui e parei atrĂĄs dela-
JĂșnior: vocĂȘ?
Luane: e ela nĂŁo Ă© sua namorada? -olhou pra mim- cĂ­nico vocĂȘ heim
Sabrina: acho que vocĂȘ tem muita coisa pra contar pra ela viu -passou pela gente e entrou, grrh- JĂșnior, vocĂȘ recebeu uma visita hoje nĂ©?
JĂșnior: vai embora da minha casa, Sabrina, eu tĂŽ pedindo -juro eu falei calmo eu jurooo-
Luane: gente, eu nĂŁo quero estar aqui pra ver essa discussĂŁo tĂĄ 
JĂșnior: nĂŁo, nĂŁo terĂĄ discussĂŁo, nĂŁo terĂĄ mais conversa e nĂŁo terĂĄ mais vocĂȘ aqui, vai embora 
Sabrina: eu estou grĂĄvida 
JĂșnior: mentira, assim como vocĂȘ me disse que era uma pessoa abandonada, que nĂŁo conhecia seu pai
Luane: ela estĂĄ grĂĄvida de vocĂȘ? -olhei pras duas- que lindo, nossa
JĂșnior: NĂŁo, eu nĂŁo engravidaria ela, nunca
Sabrina: SIM, SIM E SIMMM -disse bem dentro da minha cara, foi numa bolsa dela e pegou um papel- sabe ler? Diz aĂ­ que eu estou grĂĄvida -peguei e tipo, estava dando positivo pra beta hcg, mas e daĂ­ pode ser anĂȘmia-
JĂșnior: isso nĂŁo prova que Ă© meu, a gente transava, sei lĂĄ, meses em meses Sabrina 
Luane: JĂșnior, vocĂȘ tĂĄ sendo um babaca agora, ela estĂĄ dizendo que estĂĄ grĂĄvida de vocĂȘ, ela estĂĄ -feministazinha do inferno- a palavra dela sempre prevalece
JĂșnior: Ă© um tribunal aqui agora, eu sempre uso camisinha -a Luane me olhou na hora- quase sempre... mas com ela sempre usei -ela sabe disso-
Luane: boa noite pra vocĂȘs dois tĂĄ -ela pegou as coisas e estava saindo-
Sabrina: eu sĂł fiquei contigo, nesses dois anos tĂĄ, eu te amo cara, agora serĂĄ eu vocĂȘ e o nosso baby -alisou a barriga-
JĂșnior: Sabrina, eu atĂ© assumo se o moleque for meu mas, vocĂȘ nĂŁo vai morar aqui, eu sou solteiro
Sabrina: meu pai me expulsou, por causa de vocĂȘ
JĂșnior: Pai este que atĂ© hoje nĂŁo existia? NĂŁo existia nĂŁo Ă© verdade, ahhh caralho, tĂĄ me tirando como o que sassa? OtĂĄrio
Sabrina: estou cansada e quero dormir, depois a gente tem essa conversa -e eu fiquei tipo, tĂŽ sempre fudido nesse caralho, fui no portĂŁo e a Luane estava subindo na garupa do Jv- 
Jv: fala meu gerente -esticou a mĂŁo- tudo 2?
JĂșnior: sempre, passa nada e nem pode meu dançarino -apertei a mĂŁo dele- calma aĂ­ Luane, te levo de carro rĂĄpidinho, vem tranquila 
Luane: depois a gente se fala, vai cuidar da sua namorada e do seu filho, e outra sua vida Ă© mais complicada do que eu achava, a minha nem chega aos pĂ©s da sua, beijo!  -eles desceram e eu dei um grito de Ăłdio- 
JĂșnior: Que caralho, que porra! -depois de um beijo como? envolvente desse, uma morena dessa, cheirosa pra cacete, jĂĄ ia trazer pro meu mundo, no talento, mas essa vaca filha da puta estraga o lance todo, chutei o ar, entrei de novo, porque jĂĄ tenho que subir- Sabrinaaaaa -escancarei a porta do quarto- vocĂȘ fodeu com a minha vida, com a minha noite e eu nĂŁo digo isso num sentido bom, digo isso com muito Ăłdio no coração, vocĂȘ Ă© foda bro, f o d a!
Sabrina: JĂșnior, calma..  -sentou na cama- eu nĂŁo queria isso tambĂ©m, eu tenho 22 anos cara, tenho muita coisa pra curtir, e agora prenha
JĂșnior: minha vontade Ă© de te socar... atĂ© ver seu sangue escorrer pela boca -falei socando na minha mĂŁo- sua vaca... eu... -respirei fundo- nĂŁo vou assumir um filho que nĂŁo Ă© meu, assim que ele nascer eu vou fazer Dna, e vou esfregar na sua cara que eu sei fazer as coisas, nĂŁo deixo rastro ta entendendo o meu racĂ­ocinio
Sabrina: pode fazer, eu sei que Ă© seu, e vocĂȘ sabe que Ă© tambĂ©m -taquei um travesseiro nela- isso jĂĄ Ă© agressĂŁo, e eu estou grĂĄvida! -prazer em falar isso- 
JĂșnior: nĂŁo fala pra ninguĂ©m sua louca, tĂĄ ouvindo? -cheguei perto dela e decidi nĂŁo encostar, ela ficou acuada na cama- 
Sabrina: nĂŁo era essa reação que eu esperava de vocĂȘ, sempre disse que queria ser pai
JĂșnior: mas nĂŁo com vocĂȘ escrota, quero ter filho sim, mas com uma mina responsa -joguei outro travesseiro nela-
Sabrina: meu, quanto Ăłdio!
JĂșnior: vocĂȘ vai embora, de um jeito ou de outro, porque todos os dias eu vou comer uma mulher na sua frente, nĂŁo te darei uma assistĂȘncia se quer, eu sei que esse bebĂȘ nĂŁo Ă© meu.. e querendo ou nĂŁo uma hora vocĂȘ vai dizer a verdade
Sabrina: se acontecer alguma coisa comigo, o meu pai vai lotar a tua favela de policia, e ele vai trazer até o core se necessårio
JĂșnior: VocĂȘ... vocĂȘ... -bati a porta do quarto bem forte e coloquei a mĂŁo na cabeça, eu estou a ponto de enlouquecer, eu sinto a minha veia esquentar, o sangue circular e meu coração bombear, eu tĂŽ tremulo, estressado e a Ășnica coisa que eu consigo pensar neste momento Ă© o que a Luane esta pensando de mim, sĂł isso, porque?.


Luane "On"
Ele me deixou no ponto e eu peguei um taxi, porque eu não vim de carro, fiquei pensando em tudo, estar aqui hoje foi tão esquisito, bom cheguei no prédio e paguei a corrida, ganhei uma cantada do motorista mas logo mostrei que não gostei e entrei em casa. Meus pais estavam na sala, assistindo algo na tv, tranquei a porta e peguei a Luna no colo.
Luane: oi chuchu da mamĂŁe -enchi ela de beijinho-
Norma: olha nossa babĂĄ aĂ­ -sorri-
Luane: boa noite famĂ­lia -eu beijei eles- 
Norma: demorou, estava com o Leon? -o desejo dela Ă© que eu volte pra esse traĂ­dor- 
Luane: mĂŁe se eu ver o Leon, eu taco fogo nele e naquela biscate
Norma: sĂł achei estranho pela demora
Luane: é que menino que ia me trazer demorou também
Norma: e esse bebezinho? Que coisa mais linda, aquela bochecha com covinha Lu? Eu nĂŁo tenho estruturas pra ter um desses em casa
Luane: num é uma foofura gente? -mandei foto do guigui comigo pra ela no whats, porque ela queria saber onde eu estava- ele tem dois anos e 6 meses parece, mas fala tudo mãe, inteligente, sabe cores, dança, uma graça -falei mostrando os videos que eu fiz dele, tÎ apaixonada pelo Guilherme, lotei meu telefone de fotos dele-
Norma: lindo, Ă© filho de quem? -olhei pra ela- 
Luane: afilhado do menino que me ajudou na praia, eu estava na casa dele -falei seca-
Norma: ahh ele existe mesmo? 
Luane: existe mãe, ele não veio porque o amigo dele foi atropelado e ele ficou até 2h da manhã com o rapaz no hospital
Norma: ele esta sempre em situaçÔes de perigo, sempre ajudando as pessoas né
Luane: mĂŁe.. -atĂ© calei a boca- a FĂȘ nĂŁo estĂĄ em casa?
Norma: ela tå na casa do tal "crush" dela, é assim que fala né? -afirmei rindo- parece que ele também sofreu um "acidente" e ela foi cuidar dele, sei que ela não vem hoje, eu jå avisei que se ele for que nem seu amigo, não aparece ela não vai mais ver ele não
Luane: ela disse onde Ă©? -Ă© o tal faveladinho que ela tĂĄ gamadinha
Norma: nĂŁo, mas tĂĄ lĂĄ desde de sete horas da noite, saiu toda arrumada, sorridente dizendo que... ia ver o crush, eu sĂł falei que era pra se cuidar
Luane: hummm... daqui a pouco a gente vai conhece-lo, pai? Tå quieto -ele só sorriu de canto e continuou prestando atenção na tv- bom gente vou tomar um banho, e vou na festinha da Vanessa, vou fotografar pra ela lå, apesar de estar exausta!
Norma: como foi na ong?
Luane: foi tranquilo até, e não é tão perigoso assim, e olha vai por mim o dono, gerente sei lå, de lå é mais complicado do que mal caracter, a vida amorosa dele então nem se fala
Norma: vocĂȘ conheceu ele? Luane ... olha vocĂȘs se envolvendo com gente perigosa, aĂ­ Deus!
Luane: ouvi falarem dele, e falam bastante dele na verdade, ele Ă© diferente, parece nĂŁo querer estar fazendo isso, tem um sorriso bonito e um... olhar atraente verde -disse vago- uma boca.. vi ele passando de moto rĂĄpido mĂŁe 
Norma: oi? 
Luane: annn? -saĂ­ do transe-
Norma: isso tudo te contaram? -essa cara de mãe, te olhando como se soubesse até os seus pensamentos-
Luane: sim, a Jess conhece ele porque ela tem um lance com um amigo dele lĂĄ -fui caminhando pro quarto, e escolhi a roupa, tomei um banho, fiquei bem cheirosa e maquiada e tirei uma foto e marquei pra mandar pra Jaque, uma amiga minha maquiadora, fiz sem prestar muito atenção, estava retocando o batom, e ela respondeu, quando eu vi mandei pra pessoa errada, mandei pro JĂșnior ao invĂ©s de Jaque, que lerda, eu ri disso. Que lerda.
Acho que agora acertei na make👌
Acertou em tudo, inclusive no meu coração, tĂĄ linda heim ❤đŸ”„
Manooo kk mandei errado 😂😂
Mete essa pra mim nĂŁo burguesa, tĂĄ querendo me seduzir que eu sei, Ă© o dom de sereia mano 😍😉
Que dom de sereia kk, dessa vez enviei errado mesmo, sempre faço isso, uma lerda 😕
Mas e aĂ­ o que vocĂȘ achou?
Tá gata, tá lindona pî, se piar aqui no meu setor com esse decote sai daqui sem esse vestido, e com as pernas bambas na moral 😁
VocĂȘ pode traduzir? 😒 eu nĂŁo entendi, o que Ă© "piar" 
brotar pî 😐
Kkk ainda não entendi 😂😂
Fica lendo que tĂș vai entender, ta indo aonde assim? 
Ali uĂȘ 😉😛
Ali aonde minha vida?
TĂĄ igual uber, querendo saber meu trajeto??
Kkk pode pĂĄ burguesa, mas esse vestido mexeu com meus sentimentos real, delĂ­cia, as quarta a gente serve bem tambĂ©m, sĂł escolher no cardĂĄpio, de 4, sentando... sem neurose, tĂŽ apaixonado garota đŸ˜±
Me respeita que eu sou de famĂ­lia, como assim, "sĂł escolher no cardĂĄpio" essa eu nunca ouvi, essa Ă© nova
Eu também sou de família, só tÎ um pouco fora do caminho mas que se foda, responde vai aonde? Pra colocar um vestido desse, não tå saindo atóa não
Ah vou no mercado, vou assim nos lugares que eu ando
Sei... manda logo o lance, boatezinha dia de semana pode também, baile de favela então, faço um só pra ter ver nele
Eu tĂŽ rindo muito, vocĂȘ Ă© muito louco 😂😂
Suave entĂŁo burguesa, fĂ©✌
Vou numa festa, tenho um free pra fazer lĂĄ
Festinha de bacana entĂŁo? A concorĂȘncia anda de Audi, ferrari, dĂĄ pra mim nĂŁo 
É sim festa de uma amiga, minha best desde criança
 ConcorĂȘncia anda de Audi, a sua imaginção Ă© fertil puta que pariu
NĂŁo sabe o quanto, ela voa burguesa
Bom tĂŽ atrasada, tchau
Entendi, se cuida
Se procupando comigo, tua vida tå mais bagunçada que a minha
Deixa eu entrar nela que tĂș vai ver o caos que eu causo filha 
Eu sei disso, mas aquele beijo foi um... erro e puro impuso, a gente estava perto e aconteceu
Tendi, bom tĂŽ trabalhando aqui, qualquer dia aparece de novo, o Gui ta sĂł falando de tĂș, tia "Lulu"
Ah sim, vocĂȘ Ă© quem me deve uma visita, pra tirar a mĂĄ impressĂŁo que deixou com os meus pais
 teus coroas vĂŁo agradecer por nĂŁo ter me conhecido
Porque? AtĂ© agora vocĂȘ nĂŁo me fez tĂŁo mal assim, me deu um dia com um bebĂȘ fofo, me salvou de um afogamento
Porque eu vou te desvirtuar filha, esse beijinho foi só o começo
Travei a tela e eu me julguei por concordar mentalmente, quando estavamos nos beijando, eu despi ele todo e eu gostei da cena que eu criei, mas tå muito cedo pra eu ter esses pensamentos com ele, não o conheço, e na verdade não quero voltar mais pra aquele lugar. E não posso desconsiderar que ele tem uma "namorada" que estå gråvida dele e ele diz que não irå assumir, não posso me envolver nisso não. Fui trabalhar que é a melhor coisa.


Hii my little flowers, desculpa a demora, mas eu queria dizer que mesmo que eu demore nĂŁo deixo de postar, ĂĄs vezes tĂŽ sem net, ou ocupadassa pq tenho um filho viu, mas me digam o que vocĂȘs estĂŁo achando, bom uma hora o JĂșnior vai ter que tomar um posicionamento no morro, se vocĂȘs nĂŁo comentarem bastante eu nem sei se sai o prĂłxino nĂŁo 😒😁  tĂĄ grande, eu gostei do cap e espero que agrade hĂĄ vocĂȘs, entĂŁo soltem o dedo, a imaginação e me deem dicas, falem sobre, eu vou passar a responder vocĂȘs viu amorecos❤💜 COMENTEEEEEM Minhas VIDAS 😍