terça-feira, 12 de novembro de 2019

third chapter ®

Luane On
Depois de um dia de prainha, sol, pĂ© na areia, sabĂĄdo desse, com a minha fofinha, passamos no quiosque quase a noite jĂĄ, bebemos duas caipirinhas comemos rĂĄpidinho e subimos, minha mĂŁe estava na sala, com o minha bebĂȘ, cachorra.
Luane: vem luna, vem mamĂŁe... -ela veio e eu peguei no colo- chegou cedo..
FĂȘ: cade meu pai?
Norma: ainda não veio do tribunal não, eu vim porque a rua estå fechada, que começou a operação no CPP, então sabe como fica esse lugar aqui
FĂȘ: deixa eu ver como estĂĄ a minha amiga cara -disse subindo e eu sentei e com a Luna no colo-
Norma: ela chegou que horas ontem? -eu fingi demĂȘncia, pra elaborar uma resposta que nĂŁo entregue a Fernanda-
Luane: ela chegou era umas.. sete horas eu acho -mĂŁe sabe de tudo- eu nem reparei mĂŁe -brinquei com a minha dogzinha que eu amo demais-
Norma: estå encobrindo ela né?
Luane: mĂŁe, a FĂȘ sabe o que faz -eu levantei do sofĂĄ e subi pro meu quarto, e fui lĂĄ ver algumas fotos que eu tenho que editar, e abri o notbook, liguei a televisĂŁo, e estava passando uma reportagem sobre uma invasĂŁo, aumentei porque Ă© no morro que a FĂȘ estĂĄ defendendo tanto, e pelo o que eu vi, esta tenso, eu continuei trabalhando que isso sim Ă© honesto, e chegou um e-mail abri, tinha nĂșmero de contato entĂŁo liguei.

Ligação on
Luane: oi, boa noite?
Xx: oi, tudo bem? Quem fala?
Luane: eu recebi um e-mail falando sobre contratar uma fotogrĂĄfa, sou eu, Ă© a Jessica? 
Xx: ah sim, Luane Botinno? 
Luane: sim, eu me interessei diz aqui que Ă© pra uma ong, qual seria? Me explica por favor
Xx: primeiro deixa eu me apresentar, meu nome Ă© Jessica MagalhĂŁes e eu tenho uma ong em uma comunidade, onde temos diversas atividades pra que os meninos nĂŁo entrem na vida errada, se chama "O Futuro Ă© agora" temos como restauração de vidas, boxe, oficinas de xadrez e pintura, dança e teatro, temos cursos profissionalizantes para as mĂŁes que perderam seus maridos, ou sĂŁo solteiras e precisam de renda extra, eu preciso de fotos profissionais, pro site da ong, e me indicaram vocĂȘ
Luane: na comunidade? -ela ficou muda um tempo, lĂłgico que Ă© um caso a se pensar nĂŁo Ă© mesmo- 
Jessica: sim, eu tenho essa ong hĂĄ dois anos, e tenho conseguido tirar diversos meninos dessa vida, 80% das mulheres que fazem os nossos cursos de maquiagem, cabeleleira ou manicure, tem a sua prĂłpria renda, eu sĂł preciso que vocĂȘ me diga o orçamento, vocĂȘ vai comigo tira as fotos, olha Ă© um local afastado da bandidagem, eu conheço o local e posso te garantir segurança
Luane: eu posso te retornar depois, Ă© que tenho que atender outra ligação no momento, mas vamos fazer sim 
Jessica: aguardo entĂŁo o seu retorno
Ligação off

Eu senti que eu preciso fazer isso, mas o meu medo me impede, chamei a Fernanda, que veio com os olhos vermelhos.
Luane: que foi FĂȘ? -acolhi no meu colo-
FĂȘ: nĂŁo sei, eu tĂŽ angustiada, eu vi que esta intenso o tiroteio na comunidade da Gabrielle -deixou escorrer uma lĂĄgrima, a qual eu limpei- nunca fiquei assim antes Luane -continuei abraçada com ela-
Luane: fica calma, Deus estĂĄ no controle -passei a mĂŁo no cabelo dela- queria a sua opiniĂŁo sobre um negĂłcio, mas estĂĄ desse jeito -ela limpou as que insistiran e cair e amarrou o cabelo-
FĂȘ: fala, assim eu me distraio -disse limpando olhos rĂĄpido e sentou na cama-
Luane: tem um trabalho pra mim, pra fotografar pra uma ong -disse bem feliz-
FĂȘ: ahhh, vocĂȘ topou nĂ©, quero atĂ© ir
Luane: aĂ­ Ă© que tĂĄ, Ă© numa favela -ela me olhou repreendendo-
FĂȘ: nĂŁo fala assim, tem muita gente do bem lĂĄ, tem a parte errada lĂłgico mas a maior parte sĂŁo de pessoas que fazem atĂ© o que nĂŁo Ă© possivel pra sobreviver 
Luane: um dia em uma "comunidadezinha" e a Fernanda muda?
FĂȘ: eu ouvi o que o JĂșnior disse, ele nem Ă© daquela comunidade mas a ama e me fez entender que ĂĄs vezes temos motivos que nos fazem errar, mas pra sobreviver 
Luane: eu vou fazer essas fotos cara, e nĂŁo vou cobrar, eu tĂŽ sentindo um negĂłcio, nĂŁo sei explicar -um sentimento diferente-
FĂȘ: Ă© assim que eu me senti, quando vi aquela comunidade toda lotada de policiais, na televisĂŁo, atĂ© agora tem uma suspeita de uma pessoa morta
Luane: eu nem quis ver, deixa eu retornar a ligação -fiz isso, e disse pra ela que vamos nos encontrar na segunda pra organizar melhor esse esquema e deitamos juntinhas na cama, e ficamos vendo filme, e ela quer um carinho e eu estou aqui pra isso.

JĂșnior on
o tiroteio durou até 3h da manhã såbado/domingo, eu tÎ exausto, sujo e com fome, mas não deu pros cara não, desceram mal, esperei lå no topo do morro com o Yuri.
Yuri: coé Juninho, bora descer cara -a cara dele de cansado entrega também-
JĂșnior: esperar o Noah mandar cara, eu nĂŁo tĂŽ aguentando mais nada caralho -minha voz tĂĄ rouquinha, fico assim Ășltimamente- se subir de novo riscado eu tomar um na lata
Yuri: tem nem um beck pra passar o tempo... -ele sorriu de canto, o toque no rĂĄdinho indicou que poderiamos descer, que os caras haviam indo embora do morro jĂĄ, deixaram um morto aĂ­, caralho minha sombra tĂĄ morgado fi, o zĂłio pediu que fossemos pra casa dele, e foi isso que fizemos, ele estava alterado, andando de um lado pro outro, estĂĄ drogado-
ZĂłio: estĂŁo todos aqui? -foi olhando, pelo menos a metade- 
Yuri: mano, quero ver como tĂĄ o meu filho e minha mulher zĂłio, adianta o assunto
ZĂłio: esses caras, vem aqui toda semana pegar o arrego deles, eu deixei o dinheiro com o JĂșnior
JĂșnior: eu entreguei pra eles
ZĂłio: eu sei, acontece que um desavisado da vida, atirou na porra da viatura dos caras -disse andando de um lado pro outro- e agora eles estĂŁo me sufocando, nĂŁo era pra ter terminado desse jeito, agora a pergunta que nĂŁo quer calar, quem foi o imbecil que atirou pra cima dos CANAS? -berrou- fala, ou eu vou fazer falar.. -geral quieto, eu estou de ressaca, nem sei como eu troquei firme com a polĂ­cia hoje-
Yuri: eu tava em casa cara, horĂĄrio de almoço -era nada kk, mas esse Ă© meu o que der pra ele dĂĄ pra mim tambĂ©m- 
Jacaré: foi eu zóio, eu atirei nele eu não sabia que eles estavam vindo pegar o deles da semana não
ZĂłio: tĂĄ todo mundo dispensado, ou tem mais alguĂ©m que quer pular no caĂŽ dele? -ninguĂ©m nem pra defender velho, eu sou um, ele Ă© o dono ele que faça o que quiser meu mano- JĂșnior, resolve -ele olhou pra minha cara na hora-
JĂșnior: como assim Noah? Isso Ă© com vocĂȘ -na boa velho...-
Zóio: RESOLVE CARALHO, TÚ É OU NÃO BANDIDO NESSA PORRA? ELE VACILOU, ME DEU PREJUÍZO E EU QUERO QUE VOCÊ -ele parou na minha frente- COBRE PORRA, É MEU GERENTE, EU PRECISO FICAR TE LEMBRANDO DISSO O DIA TODO?
JĂșnior: fala baixo comigo tĂĄ doido? -ele ficou rente a mim, o dedo coça- Que eu saĂ­ba isso nĂŁo Ă© serviço meu, fala baixo
ZĂłio: agora Ă©... Ă© trabalho seu, tirar os meus prejuĂ­zos, e limpar o chĂŁo que eu piso se eu quiser
JĂșnior: sĂł pode tĂĄ louco vocĂȘ...
Gaga: ninguém defendeu mas eu sou sujeito homem zóio, eu que mandei o menor atirar, se tiver que cobrar dele, cobra de mim porra o cara é de menor mano, eu sou homem
Cadu: todo mundo vacila zĂłio
ZĂłio: eu quero meu prejuĂ­zo pago, se vira paulista -deixou todo mundo na sala e ralou-
JĂșnior: se adianta menor -meu olho nem abre mais de tĂŁo cansado-
Jacare: qual foi Juninho, a gente joga bola junto
JĂșnior: eu nĂŁo quero saber nĂŁo caralho, sabe que as coisa pula pro meu colo agora, e ele tĂĄ me colocando na fogueira, vou ter que tirar o preju dele, tu vai pagar?
Cadu: vai cobrar dos tres entĂŁo -o ZĂłio voltou rĂĄpido- 
ZĂłio: ainda tĂĄ rolando a reĂșniĂŁo? Achei que eu tivesse esclarecido que eu quero que o JĂșnior resolva isso, mas como ele Ă© um bandidinho frouxo do caralho, eu que vou resolver de novo, mas vocĂȘ vai ficar de raça, eu acredito nisso -colocou a pistola na cintura- Gaga, e JacarĂ©... 
Cadu: vai cobrar de 3 hoje zĂłio -o Gaga nĂŁo caralho-
Gaga: sou homem, e o que vier seguro como um, que se foda -tirou o fuzil, e eu olhei negando- que nĂŁo JĂșnior, isso Ă© mĂł covardia velho
zĂłio: sem chorar, vocĂȘs sĂŁo homem, e vĂŁo tomar uma coça pra parar de ser desavisado nessa porra -jĂĄ foi estaliando os muleques atĂ© uma parte do morro, e claro tive que dar uma coça nos menor que Ă© cria comigo cara, o Cadu ficou desfigurado mano o JacarĂ© nem tanto porque Ă© menor de idade, o Gaga, nem falo mano, mĂŽ mancada  sei que eu deixei cada uma na sua porta e entrei em casa, exausto, e quase amanhecendo, encontrei a sassa acordada com a Ana dentro do quarto, deitadas conversando.
Ana: chegou, graças a Deus -entrei quieto-
Sabrina: JĂșnior, demorou -tirei a camisa e sentei na cama, e tirei o sapato, e a calça- vocĂȘ tĂĄ pessimo cara
JĂșnior: participei de uma troca de tiros com a polĂ­cia caralho, quer que eu esteja como? Fala merda nĂŁo -ainda amassei um brother meu, que dia-
Ana: o seu amigo veio aqui hoje -elas foram me acompanhando atĂ© o banheiro e eu entrei nele, de cabeça e tudo- 
Sabrina: o Gil nĂŁo foi? 
JĂșnior: bem fez ele
Sabrina: De quem Ă© esse sangue? Que tava na sua camisa -continuei quieto- vocĂȘ tem que saĂ­r dessa vida
JĂșnior: pensei que o que te atraĂ­a em mim era minha vida torta
Sabrina: jamais, eu amo vocĂȘ 
JĂșnior: ta bom Sabrina, mete outra, que essa tĂĄ velha -me ensaboei- pega a toalha pra mim, uma das duas aĂ­ -a Ana saiu e a Sabrina fechou a porta e entrou- o que rolou ontem? -ela abaixou a cabeça- nĂŁo me lembro de muita coisa tĂĄ ligado, e ela aqui ainda tĂŽ sem entender atĂ© agora 
Sabrina: nĂłs ficamos, trasamos nos trĂȘs e ela me fez companhia hoje, que eu nem mandei ela ir embora e nem surtei
JĂșnior: mas ela vai, e vocĂȘ tambĂ©m, que eu me lembre atĂ© anteontem eu morava sozinho e quero permanecer assim -continuei deixando a ĂĄgua cair no rosto-
Sabrina: o que tĂĄ acontecendo? VocĂȘ ontem foi um grosso comigo, sĂł fez eu te chupar.. -a gente Ă© na lata, sem rodeio- aĂ­ conseguiu o que queria, que era ficar com as duas, agora tĂĄ de novo me expulsando, qual Ă© a sua Neymar jr?
JĂșnior: olha bem pra minha cara e vĂȘ se eu tĂŽ com paciĂȘncia pra conversinha de casal, atĂ© porque nĂŁo somos um, nĂŁo enche na moral
Sabrina: vocĂȘ tĂĄ diferente, o que vocĂȘ quer... Que eu saia de vez da sua vida? eu saio JĂșnior, sĂł dizer -saĂ­ nada, eu mando embora ela faz o que eu quero mano, sempre assim-
JĂșnior: eu quero paz Sabrina, quero dormir... e vocĂȘs nĂŁo vĂŁo me deixar fazer isso? -falei bem sĂ©rio- ou vĂŁo?
Sabrina: claro JĂșnior -engoliu a saliva-  fico feliz que voltou bem e salvo -ela abriu a porta e saiu, me sequei, enrolei a toalha na cintura e eu saĂ­ logo do banheiro, e fui direto na cozinha, comi alguma coisa, coloquei um short leve e cama.
domingo 17/02 (...) eu fui acordando, olhei em volta e não tinha ninguém, mas ouvi vozes na sala, peguei o telefone e eram quase 10h da manhã, o que dormi? caralho nenhum, sentei na cama e meti a cara na sala e fui mijar, fiz isso, escovei o dente, lavei o rosto e me juntei ali com o Gil, a Ana e a Sabrina, o papo não tå sendo reto, mandei meter o pé o recado pelo jeito não foi repassado, fechei logo a cara.
Gil: meu bro -dei um toque na mĂŁo dele-
JĂșnior: o que tĂĄ passando aĂ­ de bom?
Ana: bom dia também -continuei olhando a televisão-
JĂșnior: vocĂȘ nĂŁo tem famĂ­lia nĂŁo? Se Ă© minha filha jĂĄ estava de castigo, some sexta, sĂĄbado... domingo, que pai e mĂŁe sĂŁo esses?
Ana: quando jĂĄ se tem 21, quem segura?
Gil: precisamos conversar
JĂșnior: acho que nĂŁo -levantei e fui na varanda, o tiozin do portĂŁo jĂĄ estava instalando o portĂŁo que eu comprei- bom dia tio
Paulo: bom dia, jå vim adiantar o serviço tudo bom?
JĂșnior: o senhor que manda meu mano, que fique pronto hoje 
Paulo: vai ficar sim 
JĂșnior: essa Ă© a meta tioo -a Mariana, irmĂŁ do Yuri, Ă© enfermeira, e muito gostosa, ela mora de frente pra minha casa, estava parada, conversando com a Pri, beijei a pri no rosto e a Mariana nĂŁo gosta muito dos envolvidos, mas ela Ă© "simpĂĄtica" comigo- Yuri tĂĄ bem?
Pri: dormindo, e tinha que ir no mercado comigo, lĂĄ embaixo, acordo e ele nem se mexe cumpadre -fiquei olhando a marizinha kk, que linda velho, ela eu casava papo reto- quer um babador JĂșnior -olhei pra ela-
JĂșnior: fica xiu aĂ­ surtada, e aĂ­ Mariana, tĂĄ sumida do baile, o que tĂĄ passando? Se tiver problema eu resolvo rĂĄpido, sĂł porque Ă© vocĂȘ
Mariana: trabalhando muito, Ă© isso
JĂșnior: Ă© isso pĂŽ, ta vendo como minha esposa Ă© responsĂĄvel? -ela riu- alĂ©m de -delĂ­cia- linda... nosso filho vai ser lindo sabia disso? porque a gente seria um casal bonito, vocĂȘ nĂŁo colabora 
Mariana: começou ele -continuou digitando- e eu quero ter filha ok, e nĂŁo menino
JĂșnior: com vocĂȘ tanto faz, menina ou menino, os dois...
Pri: eu nunca vi um cara assim, vocĂȘ Ă© doido -eu ri, sou nada- uma imaginação..
JĂșnior: a gente pode tentar, se vier gemeos eu vou amar, comigo nĂŁo tem essa -ihhh caraio, passou a mina que o Yuri ficou no baile fingi demĂȘncia-
Mariana: vocĂȘ Ă© louco cara, cada idĂ©ia
JĂșnior: que nada, o destino jĂĄ me colocou na frente da tua casa -mostrei e ela rindo leve- sĂł falta vocĂȘ querer que ela vire uma sĂł, a "nossa casa" tem medo de mudança?
Mariana: nĂŁo, porque?
JĂșnior: porque eu posso mudar sua vida -mandei serinho kkk, nunca repitam isso -
Pri: depois dessa, eu vou embora cumpadre, parei contigo -a gente riu foi muito- eu nĂŁo mereço ter vocĂȘ na minha vida -ela bateu na minha mĂŁo-
Mariana: deixa eu chamar o Yuri, jå jå para né -se ele ouvir, ele corta amizade mesmo, ele não gosta-
JĂșnior: brincadeira pĂŽ, mina nem sabe... brincar -a Sabrina piou no portĂŁo- vou.. entrar -eu disse baixo, e ela olhando feio pra mim-
Pri: Sabrina ele tĂĄ conversando, sĂł isso, pode ficar de boa
Sabrina: falei nada
Mariana: e precisa? 
Sabrina: vem cĂĄ JĂșnior...
Pri: tĂĄ de pau mandado? falo nada -disse acendendo o cigarro- 
JĂșnior: me respeita priscilla, vou porque.. eu quero e fuma essa porra longe de mim
Pri: ta pau mandado, de coleira falo mermo - fala mesmo, e fala alto kk-
JĂșnior: mano, para cara
Mariana: jĂĄ pensou se eu aceito ter um filho com vocĂȘ -disse baixo-
JĂșnior: o convite tĂĄ de pĂ©, sĂł vem
Mariana: eu nĂŁo tĂŽ tĂŁo louca ainda, mas se vocĂȘ fizer o que eu mando quem sabe
JĂșnior: sĂł papo errado
Sabrina: JĂșnior, ouviu eu te chamar? 
JĂșnior: talvez... vou ali Pri -beijei a testa dela, fui apertar a mĂŁo da "Mari" e ela me deu um abraço, eita porra- jogando sujo.. 
Mariana: sĂł por conta da cara de  cĂș que ela fez ... 
JĂșnior: entendi... mas eu sou difĂ­cil, tĂĄ -pensa numa menina do bem? É a Mariana, e eu voltei devagar, e continuei vendo o serviço do tiozin aqui, se o Mabel atravessar esse, eu vou entupir a cara dele de bala, voltei pra sala- tĂĄ rolando um fut?
Gil: sim, quer ir na quadra? 
JĂșnior: vou comer alguma coisa e tomar um banho primeiro
Sabrina: a conversinha tava boa?
JĂșnior: ma ra vi lho sa, se fosse mais simpĂĄtica teria entrado no assunto -olha eu kk- fez mo carĂŁo feio pras mina Sabrina, que isso?
Sabrina: vem aqui... -me puxou pela mĂŁo e bateu a porta do quarto- vocĂȘ me testa nĂ©? Essa garota te dĂĄ mole na cara mano -quem dera, ahh quem dera-
JĂșnior: qual foi o dia que vocĂȘ viu isso? -porque tipo, eu deixei isso passar? Como assim?-  teu mal Ă© esse ciĂșme que faz vocĂȘ fazer merda e nunca termina bem
Sabrina: varias vezes... ela te deu mole...
JĂșnior: ta dando uma de maluca, eu nem converso muito com ela, respeito porque o irmĂŁo dela, Ă© irmĂŁo pra mim, e se vocĂȘ ficar colocando redea em mim, vai sumir de vez
Sabrina: eu entendi, Ă© ao contrĂĄrio vocĂȘ corre atrĂĄs dela, mas ela nĂŁo te quer -agooora sim, Ă© isso mesmo, exatamente isso-
JĂșnior: nĂŁo! E morreu esse assunto aqui
Sabrina: nĂŁo.. Morreu -eu olhei feio pra ela, que ficou quieta- vocĂȘ brinca comigo, vocĂȘ Ă© tĂłxico
JĂșnior: nĂŁo sou um, eu vendo, e muito agora finge que vocĂȘ Ă© adulta e volta pra sala como se nada tivesse acontecido
Sabrina: vocĂȘ Ă© doido
JĂșnior: qualquer dia eu vou te dar uma coça tĂŁo grande, que vocĂȘ vai para de tentar me ofender
Sabrina: outra nĂ©? VocĂȘ cansa de me bater JĂșnior, aqui dentro vocĂȘ Ă© isso aĂ­, lĂĄ fora outra coisa, conta o que lhe convĂ©m
JĂșnior: cara, para de falar...-virei pra abrir a porta-
Sabrina: sĂł nĂŁo conta o real motivo por ter sido colocado pra fora de casa... conta.. obvio que nĂŁo
JĂșnior: cala a boca..
Sabrina: entĂŁo eu refresco a sua memoria, seu pai te expulsou de casa, vocĂȘ sĂł deu trabalho pra eles era um "usĂșario de drogas" nĂ©? 
JĂșnior: eu era sim Sabrina, onde quer chegar com isso?
Sabrina: quero chegar no ponto em que vocĂȘ, nĂŁo saiu de casa porque quis ... saiu porque ele nĂŁo aguentou as diversas merdas que vocĂȘ fez, passou por clĂ­nicas de reabilitação, Ă© a ovelhinha negra da famĂ­lia
JĂșnior: nĂŁo vai entrar na minha mente Sabrina, nĂŁo hoje, e daĂ­? Pelo menos eu sei quem Ă© o meu pai, jĂĄ vocĂȘ.. pode ser filha atĂ© de um... mendigo
Sabrina: agora sim vocĂȘ tĂĄ sendo autĂȘntico, mostrando quem Ă©, eu atĂ© nĂŁo tenho pai, mas se eu tivesse nĂŁo roubaria ele -debochando-
JĂșnior: como Ă© ser renegada? Me diz?
Sabrina: me explica vocĂȘ jĂĄ que o SEU PAI pegou vocĂȘ roubando... te expulsou de casa porque era viciado, agora nĂŁo mais... "SĂł fuma maconha" antes usava de tudo, nĂ©?  -continuei olhando ela jogando isso na minha cara, como se fosse me atingir sendo que Ă© parte do que eu vivi- aĂ­ sim, seu amigo querendo te ajudar, decidiu vir pra cĂĄ, pra  uma casa novamente de reabilitação, melhorou, mas a vida Ă© cruelzinha com vocĂȘ, tadinho, foi traficar... olha sĂł vocĂȘ Ă© um vencedor mesmo
JĂșnior: sou nada... tĂș acha -bateu o nĂ­vel alto de estresse, eu vou amassar a cara de um jeito-
Sabrina: claro que Ă© amor, um ex drogado vendendo drogas, tem que ser muito forte, vai que tem recaĂ­da vendo aquele tanto de pĂł, entre outras que vocĂȘ gosta...-riu- gostava, desculpa, tĂĄ "limpo" agora  -fui caminhando na direção dela- lança perfume, pĂł, crack teu fraco era o que mesmo ?
JĂșnior: o que vocĂȘ acha? Sabe de tudo da minha vida, sĂł nĂŁo usei crack
Sabrina: do jeito que vocĂȘ se drogava, vai saber a sua preferencia? -eu ri de nervoso-
JĂșnior: eu gostava de pĂł, Sabrina.. muito, igual vocĂȘ com o meu pau, viciado, era desse jeito e eu quase morri uma vez, tive uma overdose, eu vi a minha vida passar, por 10 segundos, minha mĂŁe segurando a minha mĂŁo, chorando muito, e dois dias depois eu fiz de novo... e de ... novo  atĂ© que eu nĂŁo tinha mais dinheiro, e peguei o do meu pai, se me perguntassem do que eu mais me arrependo, eu diria que nĂŁo Ă© de ter roubado o meu pai, foi 200 reais pouco aproveitado, e sim de ter feito a minha mĂŁe chorar feito uma criança achando que eu poderia morrer naquele dia, e depois fazer tudo de novo, vocĂȘ vai engolir tudinho que vocĂȘ disse agora, porque vocĂȘ nĂŁo estava lĂĄ.. vocĂȘ nĂŁo viu o que eu passei, nĂŁo tem direitoo, de jogar isso na minha cara assim -virei jĂĄ levando atĂ© a parede, com a mĂŁo no pescoço dela- 
Sabrina: para... por fav...or -apertei mais um pouco, vendo ela ficar vermelha e soltei- seu... louco -tossiu- 
Junior: vocĂȘ tem que entender, que eu faço com vocĂȘ o que eu quiser Sabrina -dei dois tapĂŁo no rosto dela, que jĂĄ começou a chorar -
Sabrina: eu falei a verdade, era mesmo um drogado.. ladrĂŁozinho.. nojento -eu jurei pra mim que nĂŁo iria mais bater nela, quem me tirou de cima dela foi o Gil com a Ana, eu bati muito- seu...
JĂșnior: me solta caralho -bati na mĂŁo dele no meu peito- 
Gil: mano, olha a cara da mina -eu respirei fundo- porque isso?
Ana: porque vocĂȘ fez isso? -disse fazendo carinho na Sabrina, toda machucada na cama- JĂșnior do cĂ©u, e agora
JĂșnior: ela vai fazer como sempre fez, jĂĄ que ela Ă© a sabe tudo, manda ela te explicar o porque ta assim
Gil: vambora porra 
JĂșnior: nĂŁo vou em lugar nenhum..e para de chorar caralho -o Gilmar me segurou de novo- se nĂŁo eu te mato dessa vez -toda vez eu ia, ele entrava na minha frente - depois volta que eu sei, puta do caralho
Ana: calma gente, por favor
Gil: JĂșnior, olha pra mim -olhei- vamos agora, deixa a mina aĂ­, vai esfriar a cabeça, jogar um futebol...
JĂșnior: nĂŁo vai colocar esse pĂ© na rua, tĂĄ ouvindo? -Resmungou alguma coisa- fala alto, num tava falando pra caralho aĂ­? Fala de novo? -gritei-
Sabrina: eu vou embora, seu idiota
JĂșnior: experimenta -o sangue jĂĄ esquentando de novo, essa garota Ă© foda- 
Gil: vocĂȘs dois... de novo nessa putaria, vamo pra rua...
JĂșnior: vou tomar um banho, comer... -quando terminei de fazer isso tudo jĂĄ era 12h, elas nĂŁo saĂ­ram do quarto enquanto eu estava por aqui, a favela tĂĄ calma, cheguei na quadra que esta tendo um campeonato, e comprei uma latinha de AntĂĄrtica e me escorei na moto, junto com o Gilmar- fala aĂ­ o porque daquela diretona lĂĄ em casa "precisamos conversar" tenho dois pais e nĂŁo sei?
Gil: vou embora JĂșnior -olhei cara ele
JĂșnior: piadista vocĂȘ, atĂ© parece 
Gil: Ă© verĂ­dico tĂĄ, eu consegui juntar uma grana maneira, e eu quero ralar daqui
JĂșnior: tĂș Ă© meu porto aqui, nem brinca com uma coisa dessas, se tĂș abandonar nem olho mais pra tua cara 
Gil: olha pra vocĂȘ, me ameaçando -olhei e o Jv tava jogando- 
JĂșnior: situaçÔes mudam as pessoas -golei a cerveja- eu tĂŽ te falando, se for, vai sem volta -eu nĂŁo olhei mais pra ele- 
Gil: era isso que eu temia, o Ăłdio começar a te corroer 
JĂșnior: jĂĄ corroeu faz tempo
Gil: vocĂȘ jĂĄ ta limpo faz anos, hora de voltar
JĂșnior: nunca mais, esquece -saĂ­ de perto dele e vi a mĂŁe do gaga entrando no portĂŁo, ela me viu, veio andando na hora e me deu um tapa no rosto que eu fiquei atĂ© tonto mano- que isso tia? GratuĂ­to assim, do nada? 
JanaĂ­na: VOCÊ QUASE MATOU O MEU FILHO, QUE DEUS PERDOE VOCÊ GAROTO... PORQUE EU ESTOU DESEJANDO A SUA MORTE -eu me arrepiei da cabeça atĂ© os pĂ©s- o Gabriel ta internado, por culpa sua
JĂșnior: tia, te considero a vera mas nĂŁo se bate na cara de um homem nĂŁo
JanaĂ­na: vai me bater tambĂ©m? Vai? Cuidado com que vocĂȘ semeia... -entrou em casa e eu virei, os meninos da quadra estavam todos olhando e eu ajeitei o bonĂ©, nem o Gil estava mais ali, joguei um fut atĂ© 14h da tarde e fui tomar outro banho, nĂŁo falei nada com nenhuma das duas, vi ela com gelo no olho, que se foda, saĂ­ de novo pra ver como tĂĄ o movimento da boca, quanto tĂĄ entrando e quanto tĂĄ saindo, e passei na casa do Yuri, quero ver como tĂĄ o Gui, a Pri abriu- 
Pri: entra logo -passei pela porta e o Gui jĂĄ veio correndo e peguei ele no colo e joguei pro alto algumas vezes- cuidado 
JĂșnior: quem sabe sou eu, cala a boca -continuei, ele Ă© meu filho emprestado- tio te ama muito
Gui: eu te amo também titio -beijei muito ele-
JĂșnior: olha o que o tio trouxe -tirei do bolso um saco de doce, com bala, pirulito, paçoca e umas outras coisas-
Gui: obligado tio -disse olhando o saco- abe pa mim mamĂŁe -a pri pegou a bala-
Pri: a conta da farmåcia vai pra tua casa, com as dispesas de remédio de verme, dor de barriga
JĂșnior: sĂł mandar -continuei olhando ele- doido pra ter um desse 
Pri: se parasse com uma, teria um desse
JĂșnior: que nada Pri, cadĂȘ teu pai Guigui?
Gui: gogando bola? -olhou pra Pri-
Pri: nĂŁo, ele tĂĄ no trabalho, filho... 
JĂșnior: preciso ir, depois o tio juninho passa com mais calma
Gui: deixa eu ir na sua casa? Eu vi as suas namoladas lĂĄ -eu ri-
JĂșnior: nĂŁo Ă© namorada nĂŁo Guilherme, tio Ă© bicho solto, nĂŁo usa coleira 
Gui: nĂŁo Ă© cacholo nĂ©? 
Pri: neste caso sim -eu ri com ela, coloquei ele no chão, e meu telefone começou a tocar, atendi o zóio, quer que eu suba- jå vai? toma uma cerveja comigo, quanto tempo que a gente não faz isso?
JĂșnior: hoje nĂŁo vai dar pri, amanhĂŁ pode ser
Pri: segunda-feira? 
JĂșnior: segundinha sem lei filha, quem disse que nĂŁo pode
Pri: ao contrĂĄrio de vocĂȘ eu trabalho ok -passei pelo portĂŁo ele começou chorar - 
Gui: me "eva" tio -esticou o braço e eu peguei-
Pri: vai levar meu filho pra onde JĂșnior? Ontem teve operação... nĂŁo vai longe
JĂșnior: jĂĄ trago porra, confia em mim nĂŁo?
Pri: nĂŁo -disse rindo-
JĂșnior: vai pra porra Priscilla
Pri: nĂŁo demora Ă© serio -disse preocupada-
JĂșnior: ta comigo tĂĄ com Deus -mandei mensagem pro ZĂłio que eu ia subir papo de um dez minutos, dei um rolĂȘ com o meu aflilhado de moto, levei pra comer um açaĂ­, na praça e entreguei pra mĂŁe e subi no zĂłio-  o que manda?
Zóio: te paguei por um serviço que não foi realizado, correto?
JĂșnior: nĂŁo tinha como, vocĂȘ sabe disso
zóio: mas hoje tå de pé, o mesmo banco, o mesmo horårio só que o plano mudou que perdemos dois assaltantes brabo
JĂșnior: e que banco Ă© esse? 
ZĂłio: senta e eu te explico como vai ter que fazer essa missĂŁo -sentei e ouvi tudinho com atenção, e fui guardando todo os pontos que eu achei necessĂĄrio, e eu achando que isso tinha sido esquecido, domingo a noite caĂ­ logo, as meninas foram sei lĂĄ pra onde, nem sei se voltam, eu reĂșni os caras que vĂŁo comigo, que Ă© o Yuri, Mabel, Cabelinho e o Piloto de fuga rael,  tropa na rua, se der errado, deu, o banco estava fechado, estacionamos um pouco distante, saĂ­ fazendo sinal pra que os carros reduzissem com a mĂŁo e a outra apontando o fuzil, enquanto os outros colocavam os explosivos, feito isso, dentro do banco, fomos pros caixa eletrĂŽnicos, e o Mabel que ficou responsĂĄvel, assim que tiramos o dinheiro de lĂĄ colocamos nas bolsas e jĂĄ se podia ouvir o barulho da sirene, mas jĂĄ estavamos longe, deu tudo certo. (...)
JĂșnior: isso era tudo, serviço feito
zĂłio: Ă© assim que eu quero vocĂȘ sagaz, agil e corajoso caralho -eu terminei de entregar a terceira bolsa-
JĂșnior: por pouco a polĂ­cia num pega
ZĂłio: parte disso vai pra eles, pode ficar tranquilo, acabei de ser informado que amanhĂŁ a mina da ong, vai vir com uma fotografa, e eu preciso que acompanhe elas, pra nĂŁo se perderem, se nĂŁo der outro vai , mas aparece lĂĄ de qualquer forma, elas vĂŁo vir a parte da manhĂŁ
JĂșnior: a ong Ă© lĂĄ do outro lado
ZĂłio: sim, mas o morro Ă© meu, e lĂĄ tambĂ©m Ă© minha area, eu sĂł deixei essa ong ir pra frente porque a admistradora Ă© uma gostosa, isso tĂĄ induzindo os meu garotos a nĂŁo trabalhar pra mim e tĂĄ enfraquecendo a minha tropa, mas... 
JĂșnior: isso Ă© bom, isso nĂŁo Ă© vida pra ninguĂ©m zĂłio
ZĂłio: senta aĂ­ JĂșnior -puxei a cadeira- eu sinceramente nĂŁo entendi como que vocĂȘ caiu nessa vida aqui
JĂșnior: quer mesmo saber?
zĂłio: quero claro, eu tenho um gerente que nĂŁo gosta de matar, que nĂŁo bate nos outros, nunca roubou um banco... hahahah imagina 
JĂșnior: nunca precisei e agora eu preciso pĂŽ minha historia Ă© essa, tĂŽ dispensando?
zóio: pode på -eu desci, acendi o meu beck e quando cheguei em casa vi a Sabrina, o meu pai e a minha mãe na sala, cheguei na hora, apaguei o beck e foi nessa hora que a onda começou a bater, e eu nem posso gastar-
Sabrina: eu vou embora -me beijou e eu desviei-
JĂșnior: nĂŁo senhora... Vai pro quarto, atĂ© parece que eu vou deixar 
Sabrina: amanhĂŁ eu trabalho
JĂșnior: foda-se -falei baixo no ouvido - ou quer voltar pior? Ou nem... voltar -ela abaixou a cabeça e entrou pro quarto- 
Sabrina: bom conhecer vocĂȘs viu 
Nadine: digo o mesmo -bateu a porta- tira esse troço das costas agora -eu tirei e deixei ali encima-
Neymar: eu acho que o seu tempo de provar pra nĂłs que sabe se virar jĂĄ deu, vai voltar conosco hoje 
JĂșnior: eu estava com saudades tambĂ©m como foi a viagem? -passei por eles- mĂŁe... Neymar -olhei pra cara de cada um, fui tirando relĂłgio, a arma da cintura, rĂĄdio e deixei tudo ali -
Nadine: vocĂȘ ouviu o seu pai? -eu me virei- vai voltar
JĂșnior: voltar? Voltar pra vidinha de faixada de vocĂȘs? Eu tĂŽ bem e a tendĂȘncia Ă© melhorar cara
Neymar: esse Ă© a minha Ășltima visita pra vocĂȘ, pra lhe dizer que se quiser voltar ĂĄs portas estĂŁo abertas, a Ășltima vez
JĂșnior: nĂŁo vou voltar pra redea de vocĂȘs, nĂŁo tenho mais problemas com dinheiro, essa era a minha dor de cabeça ultimamente, dinheiro nĂŁo me falta mais aquela vida nĂŁo me pertence a 8 anos pai, me deixa ser como eu sou
Nadine: eu nĂŁo criei vocĂȘ pra ser bandido tĂĄ maluco?
JĂșnior: mas eu sou um, eu me tornei um por sua causa, eu quis voltar lembra? 
Nadine: eu sei, mas o que fez foi grave filho, vocĂȘ roubou seu pai
JĂșnior: mĂŁe, essa histĂłria esta pairando por aqui, desde cedo,  jĂĄ foi tĂĄ
Neymar: eu disse que se vocĂȘ acompanha-se o seu amigo numa empreitada no qual nĂŁo tinha futuro algum, vocĂȘ nĂŁo seria mais o meu filho, tinhamos como te ajudar lĂĄ 
JĂșnior: MAS NÃO FIZERAM, ME ... ME EXPULSARAM... EU SOFRIA MUITO... agora nĂŁo mais, nĂŁo vou voltar
Nadine: me perdoa filho.... eu sinto a sua falta
JĂșnior: e me disse que quando eu cruzasse aquela porta eu nĂŁo poderia voltar mais, nĂŁo tĂŽ vendo eu voltando pros seus braços agora 
Nadine: deixa eu falar com ele... -o meu pai saiu da sala e minha mĂŁe me abraçou, houve uma resistĂȘncia mas abracei tambĂ©m- nĂłs vamos passar uma borracha nisso tudo, pro seu bem, tudo que Ă© seu tĂĄ lĂĄ, a casa continua sendo sua, nĂłs te amamos muito
JĂșnior: eu nĂŁo vou voltar velho, podem ir embora... na real nĂŁo voltem mais
Nadine: seu pai tinha uma reĂșniĂŁo e aproveitamos, mas foi uma pessima ideia -ela engoliu a sĂĄliva e saiu da minha casa, que bom ver os meus pais... bom, mas aquela vida nĂŁo me pertence mais (...) liguei o som, chamei o Yuri pra fumar comigo, bebemos e isso durou atĂ© 1 e meia da madruga pai, eu bati, xinguei mas ela sempre cede, e o resto da minha noite foi toda de sexo com a Sabrina.
Segunda 18/02 Levantei porque esmurravam o meu portão, de uma tal forma, a Sabrina meteu o pé, bateram muito no portão que se cair de novo eu mato um hj, só gritei que jå estava indo porque eu tÎ só de cueca, escovei o dente e atendi o Cabelinho e o CL, espremi os olhos por conta do Sol, o Cl jogou uma bolsa pra mim.
Cl: pelo serviço de ontem, o Zóio mandou te dizer
Cabelinho: a doninha jĂĄ ta lĂĄ na ong com a fotografa, melhor ir ver a cara da mina
JĂșnior: sabe que horas sĂŁo? 
Cl: ta cedinho -olhou no telefone- nove e quinze, bora que a gente num Ă© gerente e tem vida boa nĂŁo -encarei ele, ele riu, subiram na moto e vazaram, eu fui ver e era dinheiro, estava escrito 9 mil, ta bom, segunda dessa pai (...) todo na beca jĂĄ, fui pra fora do morro porque tinha que abastecer e voltei, cheguei na porta da ong-
Jessica: vocĂȘ por aqui Neymar -me deu dois beijinhos- nunca veio nos visitar -pois Ă©, que burrice minha, o local Ă© maneiro-
JĂșnior: sim... -olhei tudo e tinha uma gata tirando fotos, sorrindo e a tal FĂȘ com ela, serĂĄ que Ă© a irmĂŁ dela?- vim sĂł conferir quem Ă© a fotografa, pra nĂŁo ter problema sabe
Jessica: não seja por isso -foi me puxando pra perto das duas e eu fiquei meio sem graça-
FĂȘ: chegou o militante 
JĂșnior: mais uma dessa e vocĂȘ nĂŁo entra mais nesse morro -a mulher se virou pra mim- 
FĂȘ: Lu... esse Ă© o imbecil que eu disse -ela me olhou de cima embaixo com um sorrisinho de canto- essa Ă© a Luane minha irmĂŁ
Luane: vamos continuar as fotos com as crianças na quadra lĂĄ atrĂĄs? 
Jessica: Ăłtima ideia 
JĂșnior: tinham que ser irmĂŁs mesmo, oh Jessica qualquer coisa, sabe onde me encontrar -dei as costas e ouvi um flash e virei, ela tirou outra foto e sorriu- posso confiscar essa maquina sabia disso?
Luane: nesse angulo atĂ© que vocĂȘ ficou bem ... -eu revirei os olhos- e mal educado tambĂ©m
JĂșnior: eu estou as suas ordens... tem pessoa mais gentil que eu? -continuei andando e fui espairecer a mente, nada de fiscalizar, hoje Ă©  praia, claro.

Luane On
Fui vendo as fotos que eu tirei dos meninos, tĂŁo lindos, e passou a do tal gerente do morro, e fique olhando, ele fotografa muito bem, fora que tem um ar de ser arrogante, atraente sabe, bom serviço pronto, me despedi da Jessica e amanhĂŁ teremos mais uma sessĂŁo, entrei no carro com a FĂȘ e fomos cantarolando, rindo, registrando o momento e decidimos ir pra praia, de novo porque somos praianas raĂ­z... mas antes sentamos num quiosque e pedimos cada uma, ĂĄgua de coco, e parou um ser de bonĂ©, tirou o ĂŽculos e sentou e pediu uma cerveja e mexeu no telefone, no momento em que ele virou, ele tĂĄ me seguindo?.
Luane: serio?
JĂșnior: tĂŽ azarado de verdade -balançou a cabeça e abriu a bud- começou a ficar mal frequentado isso aqui
Luane: vocĂȘ tĂĄ seguindo a gente Ă© isso?
FĂȘ: vocĂȘ saĂ­ do morro?
JĂșnior: saio sim "burguesa" 
FĂȘ: mas como assim? VocĂȘ pode saĂ­r como cidadĂŁo normal? -ele quieto ainda bebendo a cerveja- responde, isso que me irrita em vocĂȘ 
JĂșnior: vocĂȘ nem me conhece, ta falando o que aĂ­? -se virou pra nĂłs- e pelo que tĂŽ vendo, sou normal, ando onde eu quiser "burquesinha"
Luane: Ă© pra eu ter medo de vocĂȘ? -ele gargalhou- 
JĂșnior: nĂŁo entendi a sua pergunta, madame -fechou a cara- seja mais objetiva... 
FĂȘ: vamos Luane -puxou meu braço-
Luane: claramente seu trabalho Ă© roubar, certo? NĂŁo sei se tĂŽ segura perto de vocĂȘ
JĂșnior: ta perto porque quer -riu de canto de boca , e eu viajei um pouquinho sĂł-
FĂȘ: lu... para -disse entre os dentes-
JĂșnior: me recuso a ouvir isso -pagou e terminou de beber- mais uma... pra aprender com a vida -olhou pra Fernanda, que baixou os olhos- chefe, quero outra dessa 
Xx: na mĂŁo -entregou-
Luane: mais uma? NĂŁo entendi
JĂșnior: o mar tĂĄ tĂŁo lindo, que hoje eu vou perder meu tempo com ele, madame e nĂŁo com vocĂȘs duas -tirou a camisa e eu olhando as tatuagens dele, subiu um perfume bom, que tipo de traficante ele Ă©? pegou a cerveja e saiu das nossas vistas-
FĂȘ: vocĂȘ sĂł me faz passar vergonha, tinha que fazer essa pergunta pra ele Luane? O negocio dele Ă© no morro
Luane: claro que sim, vai que ele resolve.. levar meus equipamentos, nem quero pensar
FĂȘ: sĂł vocĂȘ mesmo, mas vamos comentar aqui -ela virou pra mim e ficamos olhando ele, parado de longe encarando o mar- Ă© gato
Luane: cheiroso e se veste bem
FĂȘ: gostoso, mas..
Luane: talvez... bom vou dar um mergulho tĂĄ, olha minhas coisas -ela sorriu e eu tirei minha roupa, porque sim vim de biquĂ­ni, sempre que dĂĄ a gente vem pra cĂĄ, passei por ele que me secou de cima embaixo, parei ali- talvez eu tenha sido um pouco agressiva e eu nĂŁo sou assim -e ele quieto- ouviu o que eu disse?
JĂșnior: tudo bem dona, segue teu baile aĂ­ -que grosseiro mano, serio, eu fiz cara de desdĂ©m e ele nem tiu pra mim e eu fui mergulhar- ou madame, se eu fosse vocĂȘ nĂŁo entrava, o mar tĂĄ agitadĂŁo hoje
Luane: preocupado com uma "burquesinha?"
JĂșnior: sĂł um papo, nĂŁo entra cara
Luane: eu pedi sua opiniĂŁo? -disse de longe- acho que nĂŁo... 

JĂșnior "on"
Que doninha marrenta é essa irmã da Fernanda velho, só dei um toque que o mar tava agitado, nem eu vou entrar e ela foi, fiquei trocando um ideia com o Yuri pelo whats, e tÎ vendo uma movimentação dela dentro do mar e olhei pra trås a irmã de boa, eu continuei reparando a mina, que parece tå se afogando velho, não pensei duas vezes, entrei lå, nadei, nadei e quando consegui tirar ela da ågua ela estava desacordada, eu fiz alguns procedimentos que eu aprendi, a Fernanda chorando do meu lado, o jeito é dar o meu ar pra ela, e foi o que eu fiz, respiração boca a boca, e logo ela eliminou a ågua que engoliu, que alívio.
FĂȘ: Luane.. VocĂȘ tĂĄ bem? 
JĂșnior: tĂĄ bem agora, senta ela -ajudei a fazer isso e ela me olhou meio zonza ainda, mas respondeu algumas perguntas que eu fiz, tipo quantos dedos tem, qual era o nome dela, se aquela ali do lado era irmĂŁ dela e ela respondeu tudinho conforme as perguntas- 
FĂȘ: vamos pra casa 
JĂșnior: posso ajudar se quiser 
FĂȘ: eu quero sim, Ă© logo ali -apontou um predio, de bacana mesmo- vem Lu...-fui ajudando a mina se levantar e ela nĂŁo me olhava muito, mas a minha parte eu fiz, deixei ela em casa e partiu morrĂŁo que a tarde jĂĄ caiu e vem chegando a noite, tudo tranquilo atĂ© aqui, fui na casa do Gilmar, a Jessica com ele.
Jessica: boa noite JĂșnior
Gil: quem é vivo sempre aparece né?
JĂșnior: claro -apertei a mĂŁo dele e sentei no sofĂĄ- queria trocar uma ideia contigo de cria, pode ser
Gil: agora? Tenho que voltar pra boca ainda hoje, que eu tenho que madrugar lĂĄ
JĂșnior: de boa entĂŁo.. -sai dali e subi o morro, e avistei a Gabi num portĂŁo sozinha- fazendo o que na porta dos outros, tem casa nĂŁo?
Gabi: passa reto, nem fala comigo
JĂșnior: ihh o que eu te fiz? Ta boladinha?
Gabi: abandonando, foi pra praia e nem chama, sĂł vi fotinha no status arrebentou a sassa, sĂł mancada da tua parte hoje
JĂșnior: tenho que te arrastar pra todo canto que eu vou? Sabia disso nĂŁo
Gabi: cade a Ana... Tem sim, sabe disso
JĂșnior: ela mora aqui?
Gabi: sim ela se mudou pra cĂĄ tem papo de uma semana 
JĂșnior: tĂŽ partindo gatinha, to na larica
Gabi: vou pegar o bonde depois eu desenrolo com ela -ela subiu na moto e eu deixei na casa dela- valeuzĂŁo meu cria
JĂșnior: suave -quando eu desci de novo tava o yuri no meu portĂŁo jĂĄ me caçando- o que Ă© sombra? -saĂ­ da moto-
Yuri: tava aonde porra? -abri o portĂŁo e ele entrou comigo, e jĂĄ sentou no sofĂĄ- vim 2 vezes aqui hj pai
JĂșnior: daqui a pouco os cara vai achar que tu ta sentando tambĂ©m
Yuri: ai pai para -eu ri- 
JĂșnior: te disse que tava na praia porra -liguei a televisĂŁo-
Yuri: humm, pensei que tava de volta
JĂșnior: humm nada, sabe aquela loirinha escrota que tava com a Gabi no dia do baile?
Yuri: tĂŽ ligado, que colou com o Mabel depois?
JĂșnior: essa corajosa aĂ­ mermo, ela tem uma irmĂŁ que Ă© uma deusa mano, um olhĂŁo azul da porra, da atĂ© pena de... gozar na cara
Yuri: kk ta todinho eu, vocĂȘ, ainn droga
JĂșnior: convivencia Ă© uma droga
Yuri: explana menor
JĂșnior: enfim a mina num se afogou e eu salvei ela?
Yuri: caĂŽ
JĂșnior: papo reto coiote, levei em casa, e eu nĂŁo consigo esquecer a garota de jeito nenhum, um rosto lindo sabe, sĂł que Ă© uma madamezinha tem que ver
Yuri: sei como Ă©, estamos fadados a isso, num vĂȘ eu e a Pri? Ela era de fora daqui a gente se conheceu num role que eu fui dar no shopping, depois disso fomos se encontrando, ela largou a vida dela pra viver comigo aqui
JĂșnior: Ă© verdade eu acompanhei isso tudo, por isso que ela Ă© minha surtada preferida kkk
Yuri: aĂ­ a cacheadinha do baile Ă© daqui, olha a merda que eu arrumei
JĂșnior: Ă©hhh mano, eu vi ela, eu tava com a pri, me olhou de canto e passou retinho
Yuri: qualquer cao, foi o meu irmĂŁo gemeo
JĂșnior: tĂș tem isso coiote?
Yuri: tenho nada, mas quem vai negar? nem fui nesse divertimento, vi uns dois coroas aqui, teus pais né
JĂșnior: meus pais vieram aĂ­ cara
Yuri: pelo amor de Deus heim, nĂŁo me estressa porra, num vai me dizer que vai vazar do morro
JĂșnior: vontade bateu forte, ver minha mĂŁe, atĂ© o coroa... saudade deles, mas nĂŁo
Yuri: bate em mim, mas nĂŁo tenho mais Ă© foda sim -ouvimos barulho de tiros- ahh porra hoje nĂŁo heim
JĂșnior: esses foram certeiros, calma aĂ­ -olhei e nĂŁo tinha nenhuma movimentação no morro, fiquei cabreiro agora o que serĂĄ que acontenceu?.

💕💕
Meninas muito obrigado pelos comentĂĄrios, e continuem comentando mais e mais, que assim eu vejo o que gostam, e o que nĂŁo gostam, hoje viram um JĂșnior bem diferente, uma parte da historia dele que ele omite, vamos ver o que mais ele esconde. Bjus e atĂ© o proximo my little flowers

5 comentĂĄrios:

  1. Como assim pararam na melhor parte? Acho que foi o Zoio que morreu heim... JĂșnior dono da porra toda

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  2. Manooo que capĂ­tulo maravilhoso continua logo pfv ta bom demais jĂĄ pode posta o prĂłximo jĂĄ.

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  3. Leitora nova e amando a histĂłria ♥️
    Se puder indica o meu e da uma passadinha lĂĄ tbm?
    https://umavidapraamarvocegabigol.blogspot.com/2019/11/prazer-julia.html?m=1

    Obrigado

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  4. Amei, continuaaa😍
    Acho que ela tinha que ver ele sofrendo de alguma forma pra se aproximar ou não 😏

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Hablas comigo bb